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foca
foca Highlander Registrado
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#47 Por foca
19/11/2007 - 23:46
rmaiabh disse:
Mas com um mercado de meio milhão de pessoas, ou até mais, se torna algo interessante, certo? Já parou pra considerar o potencial de mercado? Pior, a capacidade de endividamento desses países? A bolívia é uma droga mas tem gás saindo pelo ladrão, a Venezuela, outra ***** que é riquíssima em petróleo, e assim vai...


Sim, agora coloque isso em poder de compra da população.
500.000.000 de habitantes sendo que uns 30% tem poder real de consumo.

jose_silva_neto disse:
Vou encerrar a minha participação nesse tópico contando um causo: no final da minha graduação, coincidiu com a primeira vez que o Brasil foi ouro no vôlei masculino numa olimpíada; todo mundo estava travado vendo o jogo enquanto que eu e um amigo conversávamos sobre a nossa realidade, sobre a nossa eterna dependência científica,tecnológica...sobre a necessidade de conquistas autóctones, etc
De repente, um sujeito que estava do nossa lado fala: "faço Doutorado na FEA...qual o problema de se comprar tudo de fora ?" Sem comentários.
Você é como esse sujeito.

Fique com Deus

PS: matei o Kali com uma escopeta de cano duplo, no estilo Capitão Nascimento do Bope.

Onde eu disse que é errado investir em pesquisa?
Agora investir para reinventar a roda em uma coisa que no passado já provou ser um pessimo investimento é burrice.
Se o Brasil resolver inventar um padrão de computador para vender nos países pobres totalmente diferente do PC, isso seria um investimento ou uma burrice?
Quando já existe uma tecnologia pronta, um conceito pronto e já existem gente fabricando uma coisa ai chegar e falar que inventou porque pegou o que tinha de melhor nas tecnologias já existentes e reunir em uma não é bem inventar.
Por sinal alguém pode me indicar quais as patentes que se conseguiu criar com a tecnologia brasileira de televisão digital?

Quer investir em pesquisa?
Biotecnologia.
Bioinformática.
Mineração.
Metarlugia.

São mercados maravilhosos que o Brasil tem um potencial imenso e não investe significantemente.

90% das pesquisas feitas no Brasil são para a área de humanas e psicologia, um monte de papel que não vai mudar nada, não vai criar patentes e não vai trazer dinheiro algum, por isso que nossas melhores universidades ficam em "otimos" lugares quando se trata da relevancia das pesquisas que elas fazem.
rmaiabh
rmaiabh Cyber Highlander Registrado
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#48 Por rmaiabh
20/11/2007 - 13:06
foca disse:
Sim, agora coloque isso em poder de compra da população.
500.000.000 de habitantes sendo que uns 30% tem poder real de consumo.


Um dia vai compreender que as relações são mais complexas que você imagina. O potencial de compra dos Japoneses não é 100%... Bom, detalhes econômicos...

Onde eu disse que é errado investir em pesquisa?
Agora investir para reinventar a roda em uma coisa que no passado já provou ser um pessimo investimento é burrice.
Se o Brasil resolver inventar um padrão de computador para vender nos países pobres totalmente diferente do PC, isso seria um investimento ou uma burrice?
Quando já existe uma tecnologia pronta, um conceito pronto e já existem gente fabricando uma coisa ai chegar e falar que inventou porque pegou o que tinha de melhor nas tecnologias já existentes e reunir em uma não é bem inventar.
Por sinal alguém pode me indicar quais as patentes que se conseguiu criar com a tecnologia brasileira de televisão digital?

Quer investir em pesquisa?
Biotecnologia.
Bioinformática.
Mineração.
Metarlugia.

São mercados maravilhosos que o Brasil tem um potencial imenso e não investe significantemente.

90% das pesquisas feitas no Brasil são para a área de humanas e psicologia, um monte de papel que não vai mudar nada, não vai criar patentes e não vai trazer dinheiro algum, por isso que nossas melhores universidades ficam em "otimos" lugares quando se trata da relevancia das pesquisas que elas fazem.


Bom, eu me rendo! Quando você vai adquirindo sabedoria, vai observando as coisas e vendo como elas funcionam. Vai entender como um simples alfinete pode matar um elefante. Enfim, existe uma tecnologia que não sacia 100% das necessidades tecnológicas e corre-se o risco de excluir algumas partes do país. Em detrimento de desenvolver uma tecnologia que se ajuste à nossa realidade (financeira, física - leia-se geográfica, e sobretudo social) resolvemos usar algo pronto, vamos fazer, afinal é a lei do menor esforço... Pra quê fazer um terno novo e confortável se esse pronto, mesmo apertado, serve? É por isso que o país não se desenvolve. Não é questão de se reinventar a roda, mas sim de se fazer uma que se adapte às suas condições reais. Uma roda de trem não serve para andar em estrada de terra... Pense nisso...
foca
foca Highlander Registrado
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#49 Por foca
21/11/2007 - 08:58
rmaiabh disse:
Um dia vai compreender que as relações são mais complexas que você imagina. O potencial de compra dos Japoneses não é 100%... Bom, detalhes econômicos...

Eu estudo Gestão Financeira e já fiz 2 anos de Ciencias Economicas, acho que entendo bem de mercados.
Um japones pobre ganha US$19.000, um brasileiro pobre US$2500.
Porcentagem de japoneses pobres = Vou chutar 10%
De Brasileiros = 40%
Faça a conta como quiser que os japoneses ainda vão ter um poder de compra bem acima do existente em toda a AL.
PIB AL = U$ 2.284.723.000.000
PIB Japão = U$4.220.000.000.000

PIB per capta AL = US$4169,20
PIB per Capta Japão = US$33.100

http://www.skyscrapercity.com/forumdisplay.php?f=272
Se quiser discutir dados sobre economia mundial e sobre poder de compra (E principalmente sobre arquitetura e urbanismo) esse é um bom lugar.


Bom, eu me rendo! Quando você vai adquirindo sabedoria, vai observando as coisas e vendo como elas funcionam. Vai entender como um simples alfinete pode matar um elefante. Enfim, existe uma tecnologia que não sacia 100% das necessidades tecnológicas e corre-se o risco de excluir algumas partes do país. Em detrimento de desenvolver uma tecnologia que se ajuste à nossa realidade (financeira, física - leia-se geográfica, e sobretudo social) resolvemos usar algo pronto, vamos fazer, afinal é a lei do menor esforço... Pra quê fazer um terno novo e confortável se esse pronto, mesmo apertado, serve? É por isso que o país não se desenvolve. Não é questão de se reinventar a roda, mas sim de se fazer uma que se adapte às suas condições reais. Uma roda de trem não serve para andar em estrada de terra... Pense nisso...


Só para lembrar que apesar de escolhermos o padrão Japones ele vai ser adaptado as necessidades brasileiras e não vai ser compativel com o padrão japones original (Se fosse o mercado já estaria inundado de Set-top Box).
Seria a mesma coisa que o Brasil inventar um padrão para concorrer com o GSM para se adaptar as necessidades nacionais, ai pega tudo o que existe no GSM e no CDMA, mescla em um padrão novo o W-CDMA Tupiniquim 2.0 e fala que é o melhor padrão do mundo.

Quer um exemplo de como isso não funciona?
O Pal-M, se criou ele alegando que seria usado na AL, alguém mais além dos brasileiros usam ele? Algum DVD ou VHS que você comprou nos ultimos meses é Pal-M?
Eu pelo menos nunca aluguei ou comprei um filme que não fosse NTSC, simplesmente porque não existia.
rmaiabh
rmaiabh Cyber Highlander Registrado
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#50 Por rmaiabh
21/11/2007 - 13:18
foca disse:
Eu estudo Gestão Financeira e já fiz 2 anos de Ciencias Economicas, acho que entendo bem de mercados.
Um japones pobre ganha US$19.000, um brasileiro pobre US$2500.
Porcentagem de japoneses pobres = Vou chutar 10%
De Brasileiros = 40%
Faça a conta como quiser que os japoneses ainda vão ter um poder de compra bem acima do existente em toda a AL.
PIB AL = U$ 2.284.723.000.000
PIB Japão = U$4.220.000.000.000

PIB per capta AL = US$4169,20
PIB per Capta Japão = US$33.100

http://www.skyscrapercity.com/forumdisplay.php?f=272
Se quiser discutir dados sobre economia mundial e sobre poder de compra (E principalmente sobre arquitetura e urbanismo) esse é um bom lugar.


Bom, existem outros fatores como custos de vida... Enfim, Viver com pouco mais de 1500 dólares no Japão (viver num padrão aceitável, digo, viver bem, pois aqui se vive mal com 300 reais/mês) é bem complicado.

Só para lembrar que apesar de escolhermos o padrão Japones ele vai ser adaptado as necessidades brasileiras e não vai ser compativel com o padrão japones original (Se fosse o mercado já estaria inundado de Set-top Box).
Seria a mesma coisa que o Brasil inventar um padrão para concorrer com o GSM para se adaptar as necessidades nacionais, ai pega tudo o que existe no GSM e no CDMA, mescla em um padrão novo o W-CDMA Tupiniquim 2.0 e fala que é o melhor padrão do mundo.

Quer um exemplo de como isso não funciona?
O Pal-M, se criou ele alegando que seria usado na AL, alguém mais além dos brasileiros usam ele? Algum DVD ou VHS que você comprou nos ultimos meses é Pal-M?
Eu pelo menos nunca aluguei ou comprei um filme que não fosse NTSC, simplesmente porque não existia.


As adaptações feitas no padrão não o tornam incompatíveis. Na verdade foram só duas adaptações.

" Uma delas teria sido a implantação do codec de compressão de vídeo
MPEG-4 (H264) na modulação japonesa (BST-OFDM). Mas, ambas as
tecnologias são anteriores ao ISDTV e a contribuição brasileira, neste
caso, se resume a fazer o ISDB japonês utilizar o H264.

A outra seria o middleware Ginga. O Ginga, na verdade, é a soma
de dois outros middlewares, desenvolvidos pela UFPB e pela PUC-Rio.
A porção paraibana (anteriormente conhecida como FlexTV) é, em
grande medida, a adoção da normatização européia Globally Executable
MHP (GEM). Somente a porção carioca (o Maestro), produzida a partir
da linguagem Nested Context Language (NCL), pode ser considerada
um desenvolvimento realmente nacional.

Mas, cabe lembrar que nem mesmo a adoção do Ginga está garantida,
uma vez que as normas técnicas do Fórum de TV Digital também
incluíram o middleware japonês Broadcast Markup Language (BML)."

Outro detalhe interessante:

" Com o uso do apelido ISDTV, governo e radiodifusores pretendem esconder o fato de que o Brasil adotou, sem compensações comerciais e sem prever transferência de tecnologias, várias tecnologias importadas que se encontram no interior do ISDB e que, para os engenheiros brasileiros, continuarão sendo caixas-pretas."

Ou seja, um problema social grave no longo prazo, pois ficaremos reféns de uma tecnologia estabelecida.

Enfim, Foca. É a forma mais rápida sim de termos TV digital, mas sinceramente, é a mais prejudicial. Até o momento eu só vi conversores Japoneses. A Gradiente disse que vai produzir, mas tenho absoluta certeza que ela vai somente integrar.

"Mas uma constatação escapa ao aparente mistério: o custo dos equipamentos para o consumidor final estará acima das expectativas do governo - que há meses espera estrear a TV digital com preços de eletrônicos mais acessíveis. Informações divulgadas pelos fabricantes dão conta que os primeiros aparelhos conversores (decodificador de sinal, ou set top box) não devem sair por menos de R$ 700."

"A Semp Toshiba afirma que venderá em novembro dois modelos de conversores, sendo um simples e outro mais sofisticado para televisores de plasma ou LCD, com som dolby digital 5.1 e saída HDMI. De acordo com a empresa, os preços sugeridos são, respectivamente, R$ 700 e R$ 900."

"(...)a Sony Brasil diz que começa a vender em dezembro um receptor de alta definição importado (set top box DMX-DT1) da marca Bravia - mesma grife dos novos televisores habilitados para exibir imagens em alta definição (full HD) - ao preço sugerido de R$ 999."
(fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2007/10/23/325955571.asp)

Essa mesma faixa de preço eu vi nos testes da Info desse mês de novembro. Ou seja, conversor de 200 reais? Sem chances.

É isso que vai acontecer. Tudo indica que começarão à trazer os produtos de fora (A Sony é Japonesa, lembram? E é a única no momento em condições de oferecer pronta-entrega).

Já houveram ações governamentais que mais atrapalharam que ajudaram. Por exemplo, quando migraram aqui onde trabalho (empresa pública) do mainframe para a plataforma baixa, praticamente desmontaram e destruíram a empresa.

Observo com muito ceticismo esse movimento interesseiro do governo. A real revolução será quando tivermos Internet de banda larga disponível a preços justos e a TVIP, junto com outras tecnologias consolidadas, como VoIP, entrarem na concorrência com os canais abertos.
Dawck
Dawck Super Participante Registrado
950 Mensagens 7 Curtidas
#53 Por Dawck
25/12/2007 - 11:41
jose_silva_neto disse:
Boa tarde,

Página 13, segunda coluna

The National Autonomous
University of Mexico is ranked 74th in the
world, rising from 195th in our first series of
rankings. It is probably the world’s largest
university by student numbers, but it
produces no cited research on the measures
we use. It is also the only institution we list
from Latin America, Africa or Oceania. São
Paulo in Brazil was in our top 200 in 2005
but has now dropped out.
=(


Fique com Deus

Voltamos a esta lista em 2007, mas analisando esta e esta página, lista de posições 1-500, o Brasil só aparece quatro vezes, com mais UFRJ e PUC-Rio.
Qual seria a posição de outras universidades fora dos polos do Sudeste?
Este site também faz umas estatísticas interessantes.

PDF dos 200 de "Times Higher Education Supplement"(2007):
http://lib.hku.hk/WorldRankings2007.pdf
jose_silva_neto
jose_silva_n... General de Pijama Registrado
4.6K Mensagens 98 Curtidas
#55 Por jose_silva_n...
27/12/2007 - 13:52
rmaiabh disse:
A pergunta é: Porque nós não temos faculdades melhores? A resposta vem em outra forma de pergunta: A quem interessa termos as melhores faculdades? Não quero entrar nessa via de pensamento, pois envolve questões políticas, ideológicas e etc. Acho que os questionamentos anteriores se perpetuam por todo o sempre nessa questão.


Porque não interessa para as nossas elites (os donos da grana), somos apenas um país exportador de matéria prima barata e importador de produtos tecnológicos com alto valor agregado.
Não somos melhores ou piores do que outros povos do planeta, apenas o nosso potencial humano é continuamente jogado no ralo.
Sempre foi assim, desde 22/04/1500.

Se ignorarmos o que escrevi, deixarmos de lado a política, então, a explicação seria que somos uma nação de imbecis, incapazes de criar qualquer coisa de alto nível; mas é óbvio que essa não é a verdade; a verdade é o que escrevi no outro parágrafo, apenas uma escolha canalha e parasita de quem está no topo do poder da nossa sociedade.


Fique com Deus
rmaiabh
rmaiabh Cyber Highlander Registrado
9K Mensagens 1.6K Curtidas
#56 Por rmaiabh
27/12/2007 - 14:56
jose_silva_neto disse:
Porque não interessa para as nossas elites (os donos da grana), somos apenas um país exportador de matéria prima barata e importador de produtos tecnológicos com alto valor agregado.
Não somos melhores ou piores do que outros povos do planeta, apenas o nosso potencial humano é continuamente jogado no ralo.
Sempre foi assim, desde 22/04/1500.

Se ignorarmos o que escrevi, deixarmos de lado a política, então, a explicação seria que somos uma nação de imbecis, incapazes de criar qualquer coisa de alto nível; mas é óbvio que essa não é a verdade; a verdade é o que escrevi no outro parágrafo, apenas uma escolha canalha e parasita de quem está no topo do poder da nossa sociedade.


Fique com Deus


José, eu iria até muito mais longe, falando sobre interesses internacionais, mas não quero ser acusado de teórico conspiratório nem ver ninguém rindo do que falo. Acho que a sua resposta lacra a questão.
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