kkmultes disse:confesso que não pensei nisso ao dar minha resposta
Cara... Ainda acho que software, malicioso ou não, pode ser usado para comprometer hardware sim... No entanto, para que um código malicioso danifique hardware, ele precisa se aproveitar de um problema do próprio hardware. Foi o caso do vírus Chernobyl (1998), que “matava” as placas-mãe porque elas não protegiam o programa de inicialização (BIOS) e também não tinham capacidade de recuperação do mesmo, sendo obrigatória a substituição do chip ou da placa inteira.
O Chernobyl não é mais capaz de funcionar nos PCs de hoje e não se tem conhecimento de outro vírus que danifique o hardware, embora isso seja tecnicamente possível.
Outro exemplo de que um programa não precisa ser malicioso para causar danos aos componentes físicos do computador. A distribuição Linux Ubuntu, muito popular entre iniciantes no sistema, tinha um comportamento de economia de energia que, em alguns notebooks, reduzia o tempo de vida útil do disco rígido; em certos casos, até mesmo um “click” podia ser ouvido. Os desenvolvedores do Ubuntu contornaram o problema, mas, vale deixar bem claro, isso só aconteceu porque os discos apresentam um erro.
Hardwares também têm defeitos na programação de seus componentes -- “bugs” não são exclusivos de softwares e é destas brechas que um hipotético software mal intencionado pode se aproveitar (como o Chernobyl, pensado e programado para se aproveitar de uma falha específica)