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Gigantes dominam congresso de Linux

#1 Por GoldSmith 20/08/2002 - 00:03
Gigantes dominam congresso de Linux

Sun, IBM e Oracle enumeram vantagens do sistema em evento marcado pela política


Nada de hackers ou ídolos do software livre. As estrelas da Linux World, desta vez, foram as grandes corporações. Sun, IBM e Oracle deram seu aval ao sistema gratuito durante o evento, ocorrido na semana passada no Moscone Center, em San Francisco (EUA).
Mais que nunca, Linux significa dinheiro. Uma pesquisa da empresa americana A.D.H. Brown Associates estima que 20 milhões de pessoas usem Linux em todo o mundo. O sistema pode tanto ser encontrado em mainframes IBM como em desktops baratos, à venda na Wal Mart americana por meros US$ 299.
Os melhores exemplos vêm dos próprios fabricantes. A IBM jura que economiza US$ 10 milhões por ano com a migração do sistema de correio eletrônico para Linux. O presidente da Sun, Scott McNealy, mostrou-se firme na decisão de usar Linux em todos os desktops de sua empresa.
Um dos principais palestrantes do evento, McNealy mostrou durante a apresentação o servidor LX50, de perfil baixo, para uso em racks. Ao contrário de outros servidores da empresa, que usam processadores Sparc, o LX50 usa dois chips Pentium III. Seu preço nos EUA será de US$ 2.796.

Falta muito - O presidente da Oracle, Larry Ellison, mostrou-se cético em relação ao Linux nos desktops. Em sua palestra no LinuxWorld, o executivo afirmou que "sem uma alternativa real ao pacote Office, não haverá Linux em desktop". Quando perguntou à platéia se havia alguém satisfeito com o StarOffice, poucos levantaram a mão.
Curiosamente, pela primeira vez a Microsoft alugou uma área na feira. O estande, pequeno e localizado perto da entrada dos banheiros, "vivia fechado", segundo Scott McNealy, da Sun.
Outro empresa bastante ativa durante a LinuxWorld foi a Red Hat. Uma aliança costurada com a AMD fará com que os futuros chips de 64 bits da empresa tenham um sistema Red Hat Linux compatível. O acordo une o sistema Red Hat Advanced Server com o processador AMD Opteron.
Durante o evento, nas ruas próximas ao Moscone Center, o diretor de tecnologia da Red Hat, Michael Tiemann, participava de uma manifestação de apoio ao Digital Software Security Act, um projeto de lei que, se aprovado, proibirá a Califórnia de comprar qualquer software que não for de código aberto. Por enquanto, não há sinal de que os legisladores daquele Estado levarão a proposta a sério.
Novas fronteiras começam a ser exploradas. O Cyberspace Policy Institute quer arrecadar fundos para inscrever o Linux num programa de certificação governamental. A tarefa, que custa no mínimo US$ 100 mil e pode levar até cinco anos, poderá abrir o mercado governamental ao sistema livre em aplicações críticas.

Produtos - Se a agitação política deu o tom à LinuxWorld, os novos produtos não ficaram para trás. A Sharp, criadora do micro de mão Zaurus, mostrou na feira uma versão compatível com redes Wi-Fi.
Uma prestadora de serviços, a Emperor Linux, demostrou notebooks de diversos fabricantes, todos equipados com Linux. A Emperor fornece drivers e suporte técnico. Outra novidade com Linux foram os servidores amarelos da Google.
Vendidos como "eletrodomésticos de busca", os aparelhos podem ser usados para indexar dados em intranets corporativas. De fato, o Linux não pára de surpreender.


Fonte:AE
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