Qual a origem do termo inteligência artificial?

Qual a origem do termo inteligência artificial?

Inteligência artificial é a palavra da vez. Desde que a OpenAI lançou o ChatGPT, em novembro de 2022, estamos assistindo a uma verdadeira corrida da IA entre as Big Techs. Todas as grandes empresas de tecnologia já fizeram grandes investimentos na área, tais como Microsoft, Meta, Google, Samsung, NVIDIA e tantas outras.

Apesar de ser um movimento recente, o estudo sobre inteligência artificial e o próprio termo em si não são nada recentes. Na verdade, o estudo dessa área remonta há muito antes do lançamento do próprio computador pessoal e até mesmo da internet!

Leia também
O que é inteligência artificial?
O que é inteligência artificial generativa?

É justamente sobre isso que vamos conversar neste artigo. Você descobrirá quem cunhou o termo inteligência artificial, quando começaram os primeiros estudos e como esse campo de estudo evoluiu até chegar ao patamar que presenciamos agora.

Contexto histórico

Antes da cunhagem do termo “inteligência artificial”, o cenário científico estava repleto de ideias precursoras que pavimentaram o caminho para o nascimento deste campo de estudo. As primeiras teorias e experimentos concretos começaram a surgir no final da década de 1936.

Alan Turing

Em 1936, Alan Turing publicou o artigo “Sobre os Números Computáveis” no qual apresentou a ideia da máquina de Turing, um conceito teórico que fundamentou a computação moderna. A máquina de Turing era capaz de simular qualquer algoritmo de computação, lançando as bases teóricas para o desenvolvimento de computadores programáveis.

Nos anos 40 e início dos 50, outros avanços significativos foram realizados. A invenção do ENIAC, o primeiro computador digital eletrônico de grande escala, em 1946, e o surgimento das linguagens de programação abriram novas possibilidades para a exploração da inteligência das máquinas. Cientistas como Claude Shannon e John von Neumann desempenharam papéis cruciais ao moldar o terreno para o surgimento da IA.

Um marco conceitual importante foi o Teste de Turing, proposto por Alan Turing em 1950, no seu trabalho “Computing Machinery and Intelligence“. Turing questionou: “As máquinas podem pensar?” e propôs um experimento, hoje conhecido como Teste de Turing, para avaliar se uma máquina pode exibir comportamento inteligente indistinguível do humano. Uma máquina só conseguiu passar no teste muitas décadas depois.

A origem do termo

John McCarthy
John McCarthy foi quem cunhou o termo “inteligência artificial”

Este período de fervilhante atividade intelectual e avanço técnico preparou o terreno para que, em 1956, o termo “inteligência artificial” fosse finalmente cunhado, marcando o início formal deste campo de estudo como uma disciplina acadêmica própria.

A origem do termo remonta à histórica Conferência de Dartmouth em 1956, evento que é amplamente reconhecido como o nascimento oficial da IA como um campo de estudo autônomo. Esta conferência reuniu um grupo distinto de pesquisadores, incluindo John McCarthy, Marvin Minsky, Nathaniel Rochester e Claude Shannon, todos com um interesse comum na exploração do potencial das máquinas para simular a inteligência humana.

John McCarthy foi quem sugeriu o termo “inteligência artificial” para descrever o campo de estudo dedicado à criação de máquinas capazes de realizar tarefas que, quando realizadas por pessoas, requerem inteligência. O objetivo era realmente transcender as limitações da computação numérica para abordar questões de percepção, raciocínio e aprendizagem que caracterizam a inteligência.

The Birthplace of AI. An essay about the 1956 “Dartmouth… | by Jørgen  Veisdal | Cantor's Paradise

Durante a conferência, realizada no Colégio Dartmouth, em Hanover, New Hampshire, os fundadores estabeleceram a premissa de que “qualquer aspecto do aprendizado ou outra característica da inteligência pode, em princípio, ser tão precisamente descrito que uma máquina pode ser feita para simulá-lo“.

Desenvolvimento da IA ao longo dos anos

Desde a emblemática Conferência de Dartmouth em 1956, a jornada da inteligência artificial tem sido marcada por altos e baixos, alternando períodos de otimismo e investimento significativos com fases de ceticismo e diminuição de recursos, conhecidos como “invernos da IA”.

Nos anos que se seguiram à conferência, a área de IA experimentou um crescimento acelerado. Durante as décadas de 1960 e 1970, os primeiros programas de IA começaram a surgir, mas ainda bem rudimentares. No entanto, as limitações tecnológicas da época, juntamente com a complexidade do assunto levaram aos famigerados “invernos da IA”, períodos em que o financiamento e o interesse público diminuíram consideravelmente.

Porém, alguns fatores permitiram que esse campo de estudos ganhasse um novo fôlego:

  • Surgimento de algoritmos de aprendizado de máquina na década de 1980;
  • Surgimento de redes neurais profundas;
  • Aumento exponencial do poder computacional e da disponibilidade de dados.

Esses fatores permitiram que a IA alcançasse novos patamares, com aplicações em reconhecimento de voz, visão computacional e processamento de linguagem natural, culminando em modelos de linguagem avançados.

Não podemos esquecer também do papel que as instituições de pesquisa tiveram, graças aos diversos financiamentos de fontes públicas e privadas. Universidades, laboratórios corporativos e organizações governamentais têm sido centros de inovação. Na história recente, a IA avançou tanto que hoje é usado rotineiramente na criação de imagens, textos, reprodução de voz e na análise de grandes quantidades de dados.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X