Placas de vídeo de entrada estão perdendo sua importância

Placas de vídeo de entrada estão perdendo sua importância

 

 

Durante a CES 2016, o executivo da Intel, Gregory Bryant, responsável pela divisão desktop da companhia, deu uma declaração que está reverberando e muito até agora. Bryant afirmou que graças ao avanço das soluções gráficas integradas Iris e Iris Pro, o desempenho já consegue ser superior a cerca de 80% das placas de vídeo de entrada, e ainda disse que o “poder de fogo” dos chips gráficos desenvolvidos pela Intel aumentou cerca de 30 vezes em cinco anos, além de manter a eficiência enérgetica.

Obviamente esse tipo de declaração acaba gerando uma comoção bem grande por parte das pessoas, que questionam inclusive o quanto é marketing e o quanto é realidade. Porém, se analisarmos a evolução das soluções integradas, essa declaração ganha um peso maior. Qualquer gamer quer seja ele casual ou hardcore já se decepcionou alguma vez com o resultado oferecido por uma VGA onboard, isso é fato, e hoje em dia, podemos dizer que gamers mais existentes continuam se decepcionando, mas os casuais estão de boa, até porque como muitos nem pensam em adquirir uma placa de vídeo offboard, qualquer avanço que os chips integrados possam representar já acabam representando alguma coisa na escolha de um novo computador, ainda mais quando estamos falando de dispositivos móveis como notebooks, ultrabooks, 2 em 1, etc.

Placa-mãe ASUS Asus MEW-AM, equipada com o chipset i810 da Intel, o primeiro a oferecer suporte ao vídeo integrado

Chipset i810, lançado em 1999

Quem adquire uma placa de vídeo dedicada, assim como sempre foi regra ao decorrer do avanço da informática, são pessoas que desejam realizar tarefas especificas (e games está dentro desse patamar), e que estão inteiradas nesse universo, acompanhando as novidades da indústria e etc. Mas antigamente até para ser um gamer casual sem ficar estressado e querer arremessar o monitor pela janela, era necessário enveredar por uma opção dedicada, já que há sempre aqueles benefício amplamente elencados, como processador, memória e tecnologia dedicadas à parte gráfica, o que acabava servindo como um balão de oxigênio para o computador em tarefas desse porte.

Hoje em dia, se formos pegar a galera gamer mais nova, e que está embarcada nessa onda do e-Sports, em muitos casos a necessidade de investir em uma placa de vídeo de entrada cai ainda mais (quantos que jogam Lol em notebooks “3D” da Positivo?) , embora haja alguns recursos especiais que proporcionam uma redução de latência em MOBAs como na GTX 950, as opções integradas hoje em dia conseguem se sair bem melhor que antigamente, já que até alguns processadores da 4° geração Intel Core (codinome Haswell) que foram justamente os que iniciaram as coisas com o Iris e Iris Pro, além das APUs da AMD conseguem segurar a onda. 

Claro que também temos que considerar que o uso de soluções integradas em mutos casos não estão ligadas com uma satisfação plena do consumidor, e sim por que falta recursos ( entenda como dinheiro) para investir em uma placa de vídeo dedicada.

Comentar em cima de rumores é sempre algo complicado, mas tanto 2016 como 2017 tem tudo para ser de extrema importãncia para a AMD, já que a sua arquitetura Polaris que já foi apresentada, e as suas CPUs e APUs baseadas na arquitetura  Zen, prometem dar um gás no mercado, permitindo que a companhia possa rivalizar de forma mais parelha com a Intel (claro, se tudo o que está sendo prometido for cumprido).

Um dos rumores ( que até pode ser considerado como oficial, já que a produção do artigo original contou com a colaboração de Miker Mantor, um dos engenheiros da AMD), envolve justamente uma APU equipada com as memórias HBM, permitindo alcançar uma largura de banda de 128 GB/s, além da presença de um barramento especial (Onion3), capaz de alcançar até 50 GB/s (um salto em relação aos 40 GB/s das APUs Carrizo), tudo isso poderia garantir soluções integradas ainda mais poderosas.

Lembrando que esses rumores de uma nova APU robusta da AMD baseada na arquitetura Zen, vem acontecendo desde o ano passado. O site Fudzilla por exemplo, teve acesso a informações de pessoas ligadas a AMD, que reveleram o que seria essa APU de 16 núcleos, equipada com um cache L2 de 512 KB, e cada grupo de quatro núcleos terá um total de 8 MB no L3, totalizando 8 MB de cache L2 e 32 MB de cache L3 e suporte a memórias DDR4.

VGAs dedicadas daqui alguns anos estarão restritas a públicos mais exigentes e que queriam extrair o máximo de desempenho em alguma tarefa, no caso de gamers mais exigentes as soluções gráficas dedicadas são ainda primordiais para lidar com os avanços de cada lançamento, além é claro de diversas tecnologias exclusivas que essas placas proporcionam.

E com essa nova onda da realidade virtual, hardware de ponta, equipado com placas dedicadas será primordial para alguma coisa que se traduza em um nível de experiência aceitável.  Aos demais públicos que lidam com tarefas do dia a dia e curtem jogar alguma coisinha ou outra sem se importar com efeitos e recursos gráficos complexos, os chips gráficos integrados estão cumprindo cada vez melhor esse papel, e quem sabe num futuro próximo possam suprir a demanda de forma ainda mais convincente

Qual a sua opinião sobre as opções gráficas integradas disponíveis atualmente?

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X