A escassez de chips NAND e DRAM está causando um grande problema no mercado

A escassez de chips NAND e DRAM está causando um grande problema no mercado

nand

O mercado de semicondutores está uma verdadeira briga de foice, a escassez gerada por chips essenciais, como NAND e DRAM tem causado um tremendo problema para os fabricantes e ao bolso dos consumidores.

O preço de venda dos chips DRAM subiu 25% no primeiro semestre do ano enquanto os chips NAND registrou crescimento de cerca de 15%.

Desde o ano passado venho comentando aqui no Hardware.com.br que os interessados em comprar memórias RAM ou SSD iriam sentir a diferença de preços. Problema que continua se arrastando por 2017. 

Por que o preço dos SSDs irá aumentar?

O iPhone pede passagem

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Essa escassez afeta diretamente uma grande variedade de mercados, um deles é o de computadores. A Lenovo através do seu presidente, Gianfranco Lanci, disse em fevereiro que o preço dos computadores aumentaria. Os preços mais “salgados” estariam relacionados com a carência de DRAM e também de LCD e baterias.

A Nintendo, com o Switch, enfrenta algumas dificuldades para aumentar a produção do console, devido à alta procura por telas LCD e memórias do tipo NAND. O que acontece no final das contas é que os fabricantes desses componentes estão priorizando alguns contratos “mais interessantes”.

Esse é o caso da Apple, alguns analistas apontam que a gigante de Cupertino compra cerca de 18% da produção anual de chips NAND. Esse ano com o iPhone 8, há uma estimativa que a companhia aumente a produção dos seus aparelhos, saltando de 82,3 milhões registrado com o iPhone 7, para 100 milhões com o iPhone 8.

 

A liderança consolidada

O aumento na produção deve manter a Samsung, pelo menos nos próximos meses, como a principal fabricante de chips do mundo, de acordo com dados da IC Insights. Mas ao mesmo tempo causa uma corrida contra o tempo em priorizar alguns acordos em detrimento de outros.

Os próprios produtos da Samsung chegaram a ser afetados com essa alta demanda de NAND. Em janeiro, a gigante sul-coreana declarou ao Tom’s Hardware, que devido ao panorama atual, daria prioridade aos SSDs com uma maior abrangência, isso acabou afetando o lançamento de unidades de maior capacidade, como os modelos de 4 TB. 

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A Toshiba admitiu no início do ano que estava com dificuldades para lidar com a forte demanda, alias a empresa japonesa está querendo passar a sua divisão de chips de memória, a negociação acabou dando uma emperrada devido a um problema com a Western Digital.

Além dos smartphones, essa transição para o ecossistema da internet de todas as coisas, com absolutamente tudo conectado e inteligente, está criando uma demanda absurda por chips de memória. Os fabricantes responsáveis pela produção estão tendo que correr contra o tempo, e aprimorar suas instalações para fabricar chips cada vez mais eficientes, o que gera um custo extra, que acaba sendo repassado para os novos contratos, e que consequentemente afetará o preço do produto final que chegará ao consumidor.

A Samsung é a empresa que está mais investindo para lidar com a forte demanda. Em maio foi anunciado o investimento de US$ 8.9 bilhões para a expansão de uma fábrica na China, com o objetivo de aumentar a fabricação mensal de chips Nand Flash 3D em mais 100.000 unidades.

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Devido ao aumento dos preços, analistas da IC Insights, dizem que a receita da indústria DRAM deve aumentar 55% em 2017. Já o mercado de Flash NAND 3D no período de 2016-2023 deve crescer 33%.

 

“A gambiarra do NAND”

Além do preço final ser maior, pode haver diferenças de performance em um mesmo produto. Após alguns usuários terem notado que a velocidade de armazenamento dos smartphones Huawei P10 e P10 Plus estavam bem diferentes através de dados do AndroBench, a Huawei admitiu ao Android Authority, que estava utilizando chips de memória diferentes na produção, uma possível mistureba de LPDDR3, LPDDR4, UFS 2.0 e UFS 2.1, uma “gambiarra de NAND”. Alguns usuários registravam uma velocidade de leitura sequencial de 700 MB/s, enquanto outros ficavam em torno de 300 MB/s. Uma baita sacanagem!

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Até quando os preços continuarão subindo?

Bom, este mês já foi reportado que o preço das memórias RAM utilizadas em placas de vídeo aumentou cerca de 30,8% desde junho. Fontes do Digitimes acreditam que os preços serão ainda maiores em setembro, e que isso irá gerar um grande desafio para os fabricantes de placas de vídeo em administrar o seu inventário. A Samsung também é líder nesse segmento, a companhia é responsável por 55% das remessas mundiais de VRAM, seguida pela Hynix com 35% e Micron, com 10%.

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Até o final do ano as coisas não devem mudar muito a favor dos fabricantes e consumidores. Os analistas acreditam que a melhoria deve ficar apenas pra 2018 mesmo.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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