Hoje em dia o WhatsApp não ganha dinheiro de nenhuma forma direta. Ele é um programa gratuito que é totalmente bancado pela empresa-mãe, ou seja, a Meta. Porém a popularidade do aplicativo mensageiro traz outros tipos de ganhos e poderes a ela.
Neste artigo vamos falar um pouco mais sobre esse assunto, sobre o poder de influência do WhatsApp, o que ele traz de vantagens para a Meta e como ele pode ter uma fonte de lucro no futuro.
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O poder da influência do WhatsApp
O WhatsApp é um aplicativo de troca de mensagens e arquivos que já existe desde 2009 e que foi comprado em 2014 quando a Meta ainda se chamava Facebook Inc. Hoje em dia ele é o principal aplicativo dessa categoria, com uma liderança bem avançada, além de ser um dos aplicativos mais baixados em todo o mundo em todas as categorias.
Em termos financeiros, o WhatsApp não tem nenhuma forma de lucro, já que ele é totalmente gratuito para uso, não conta com anúncios e nem tem nenhum modelo de assinatura para a versão comum. Por isso muitas pessoas se perguntam: afinal como o WhatsApp ganha dinheiro?
Como já foi dito, o aplicativo ainda não é uma fonte de retorno financeiro para sua empresa-mãe. É a Meta que paga os custos operacionais do programa, além de servidores, equipe e toda a publicidade em torno dele. Porém ainda é provável que no futuro isso mude, já que há muitos anos os desenvolvedores já estão pensando em como adicionar formas de propagandas para o aplicativo.
Mas isso ainda não aconteceu e também ainda há uma grande chance de que não aconteça, já que desde o início o WhatsApp sempre esteve no mercado com o intuito de oferecer uma opção gratuita para comunicação, sem anúncios e totalmente segura.
É por isso que ele é um líder no mercado. Essa fórmula fez com que o WhatsApp se tornasse um aplicativo insubstituível para muitas pessoas e está cada vez mais em alta, com números de downloads que não param de subir. Embora isso não traga retorno financeiro, garante para a empresa outras vantagens, como o poder de influência.
No mercado de mensageiros, ele é o mais usado, e isso faz com que a Meta possa ter o poder de ditar como esse mercado vai funcionar e caminhar daqui para frente. É o que acontece, por exemplo, com a Microsoft e seu Windows e pacote Office.
Embora existam outras opções gratuitas e mais baratas, as empresas ainda pagam altos valores para usar programas do Office como Word para textos, Excel para planilhas, PowerPoint para apresentações e até mesmo nas licenças do Windows porque é com o que a maioria dos trabalhadores estão acostumados. Inserir novos programas ou um novo sistema operacional poderia gerar um atraso nesses trabalhos.
Mensageiro também traz informações importantes para a Meta
Um dos pilares do WhatsApp é a sua segurança. O aplicativo conta com criptografia de ponta a ponta, o que impede que a empresa tenha acesso às conversas ou os arquivos que são enviados pelo mensageiro, a menos que o usuário permita. Quando você denuncia uma conta, por exemplo, o WhatsApp avisa que terá acesso as últimas mensagens trocadas com a conta que será denunciada.
Por isso o uso garante uma grande segurança. Ainda assim, eles conseguem ter acesso a algumas informações valiosas graças a mineração de dados que o programa fornece. Nesse caso não tem nada a ver com criptomoedas e sim informações sobre os hábitos dos usuários sem precisar saber o que eles estão conversando ou ter acesso a arquivos.
São os metadados, que pode indicar por exemplo qual é o horário de pico, ou seja, quando as pessoas mais estão trocando mensagens pelo aplicativo. Eles também usam os metadados para saber quais tipos de arquivos são mais enviados, mesmo que não tenha acesso a eles, como por exemplo fotos grandes, imagens menores, vídeos, etc.
É possível também ter acesso à localização do usuário para ter uma ideia dos lugares onde o WhatsApp está mais ativo, além de outros dados demográficos. Outro exemplo é saber quais são os links mais clicados dentro do mensageiro.
Como o Meta também é uma empresa-mãe para outros grandes aplicativos e programas, ela nem vende esse tipo de informação (o que seria uma fonte de lucro). Para ela, é mais vantajoso usá-las para esses outros programas como Facebook e Instagram, alimentando assim suas ferramentas de publicidade.
Essa informação nunca foi confirmada pela empresa, porém é um pouco óbvia e também explicaria o maior trunfo do WhatsApp e o motivo dele ser tão forte no mercado e da Meta ainda o manter no topo com atualizações corriqueiras.
O WhatsApp foi criado para não ter anúncios
Quem criou o WhatsApp foi um homem chamado Jan Koum, e ele revelou que quando começou a criar o aplicativo, mantinha sempre por perto uma anotação que dizia “Sem anúncios! Sem jogos! Sem pegadinhas”.
Essas foram as três premissas básicas para que o aplicativo fosse desenvolvido, já que ele queria algo novo no mercado e melhor do que as opções que já existiam. Jan queria que os usuários tivessem uma experiência mais limpa de comunicação, sem distrações, sem anúncios e sem funcionalidades extras que só poderiam ser liberadas com pagamentos.
E foi exatamente isso que fez com que o WhatsApp tivesse tanto sucesso, principalmente em países mais pobres, já que ele garantia funcionalidades que antes só podiam ser acessadas em assinaturas pagas, como chamadas através da internet e sem custo para ligações. Ou seja, ele oferecia tanto a chance de conversar em ligações quanto de mandar mensagens tudo de forma gratuita, só com o uso da internet.
Inclusive a chegada do WhatsApp no Brasil criou até um alvoroço nas operadoras do país, que tentaram bloquear o uso do aplicativo por aqui já que teriam um grande prejuízo principalmente no serviço de SMS, mas não conseguiram.
Eventualmente o WhatsApp foi comprado pela Meta quando a empresa fez uma proposta bem interessante para o fundador do aplicativo, e a empresa manteve a fórmula que fez com que o mensageiro se tornasse tão popular. E por isso ele continua até hoje subindo nos gráficos de uso.
WhatsApp já teve um sistema de assinatura
Antes de ser comprado pelo Meta, os desenvolvedores do WhatsApp ainda tentaram implantar um sistema de assinatura que funcionou por pouco tempo. A ideia era criar um negócio que fosse sustentável, que desse algum tipo de retorno financeiro, e por isso a ideia das assinaturas pagas com valores simbólicos. Era também uma forma de manter um dos pilares do app, que era não ter anúncios que estragassem a experiência.
Isso aconteceu em 2013, e o preço era bem tranquilo. Aqui no Brasil era um valor de cerca de R$ 2,55 por ano. Quem quisesse ainda poderia ter mais desconto pagando o valor R$ 6,87 para 3 anos ou R$ 9,54 para 5 anos.
Esse modelo de assinatura ainda se manteve até 2014, quando o aplicativo foi vendido para o a Meta. Como a quantia era pequena, esse nem foi o problema inicial, já que muita gente aceitava pagar o valor simbólico e quem não gostasse da ideia ainda instava o APK no Android para evitar o pagamento.
Mas o problema é que na época esse tipo de pagamento online ainda não era bem avançado, muitas pessoas não tinham muita experiência com isso, o que acabaria facilitando com que elas não soubessem como pagar ou até esquecesse, o que faria com o usuário ficasse sem acesso as suas mensagens.
A Meta então decidiu cancelar esse sistema de assinatura, já que perder uma grande quantidade de usuários seria bem mais desvantagem do que perder esse tipo de lucro. Foi nessa época que ele começou a realmente ganhar mais popularidade, principalmente por aqui no Brasil.
Versão Business já tem opção de assinatura paga encaminhada
O WhatsApp vai adicionar em breve uma opção de assinatura para a versão Business do seu aplicativo, ou seja, a versão voltada para empresas. Embora a assinatura não seja obrigatória, ela traz algumas vantagens. Por isso, quem quiser continuar com a versão gratuita poderá fazê-lo.
O que se espera até o momento é que essa assinatura paga garanta o uso do aplicativo em mais dispositivos ao mesmo tempo, criação de links mais curtos e que poderão ser personalizados e hospedagem em nuvem. O preço e a disponibilidade ainda não foram revelados, mas certamente será o início de uma fonte de lucro para o mensageiro, mesmo que não seja na versão mais popular do programa.
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