A partição do sistema é montada em modo somente-leitura, com a partição de dados sendo montada sobre ela com a ajuda do UnionFS. Isso faz com que não apenas novos programas instalados, mas mesmo as atualizações do sistema ocupem espaço de armazenamento, fazendo com que o espaço efetivamente disponível seja realmente muito pequeno. Se você pretende armazenar qualquer volume significativo de dados no Eee, vai precisar de um cartão SD ou de um pendrive.
Apesar de não parecer à primeira vista, o Eee utiliza um cooler minúsculo, cuja saída de ar fica à esquerda, bem ao lado da porta USB. Ao contrário do Classmate, que parece um min-aspirador de pó, o cooler do Eee é bastante silencioso.
Diferente do Classmate, que utiliza um Celeron 900 com o cache inteiramente desativado, o Eee utiliza um Celeron ULV “normal”, com 512 KB de cache L2. Ele é ainda baseado no core Dothan, produzido usando a antiga técnica de 0.09 micron, duas gerações atrasada em relação ao recém lançado Core 2 Duo com núcleo Penryn e ao Silverthorne:
Um porém é que o Celeron usado no Eee opera a apenas 630 MHz, devido a um underclock da freqüência do FSB de 100 para 70 MHz. No Eee 2G Surf, que utiliza um Celeron ULV de 800 MHz, o underclock faz com que o processador opere a apenas 560 MHz.
O principal motivo do underclock é fazer com que o Eee atendesse às metas no consumo de energia e autonomia de bateria que foram definidas antes do lançamento. É possível restaurar a freqüência original do processador através do módulo disponível no: http://code.google.com/p/eeepc-linux/
Caso você opte por instalar o Windows, você pode fazer o mesmo utilizando o SetFSB, usando as dicas disponíveis no: http://forum.eeeuser.com/viewtopic.php?id=2540
O problema em restaurar a freqüência original do processador é que a autonomia das baterias é reduzida em cerca de 20%. O Eee passa também a trabalhar bem mais quente que o normal, o que pode levar a travamentos durante os dias mais quentes. Se você ficou incomodado com esta questão do processador, o melhor é esperar o lançamento de uma versão atualizada. Para a segunda metade do ano, é esperada uma versão baseada no Diamondville (produzido usando a técnica de 0.045 micron), que oferecerá um consumo consideravelmente mais baixo que os Celerons atuais.
Ao contrário de alguns protótipos mostrados durante a fase de desenvolvimento, onde os chips de memória eram soldados à placa-mãe, o a versão final do Eee utiliza um módulo de memória atualizável, acessível através da tampa inferior:
Isso permite substituir o módulo de memória de 512 MB que acompanha o aparelho por um módulo DDR2 de 1 GB (o máximo suportado pelo chipset). O slot Express Mini, disponível ao lado do módulo de memória pode ser usado para instalar um SSD de maior capacidade, substituindo a unidade de 4 GB interna. Entretanto, o upgrade dificilmente seria justificável, já que SSDs de grande capacidade são muito caros. Se você precisa de mais espaço de armazenamento, a melhor solução seria comprar um cartão SD, ou uma gaveta de HD.
O Eee 4G utiliza uma bateria de 4 células, com 5200 mAh e 7.4V (dois pares de células de 3.7V ligadas em série), diferente da maioria dos notebooks, que utilizam baterias de 6 células e 11.1V.
A bateria dura cerca de 2:45 com a transmissor wireless ligado e cerca de 3:15 ao usá-lo para tarefas leves, com o transmissor wireless desligado e o brilho da tela reduzido. A Asus promete 3:30 horas de autonomia, mas para atingir essa marca você precisaria manter a placa wireless desligada e/ou reduzir o brilho da tela.
O 4G Surf e o 2G Surf utilizam baterias de 4400 mAh, que oferecem uma autonomia um pouco menor, suficiente para pouco mais de duas horas de uso contínuo.
Com o Eee desligado, a bateria carrega completamente em menos de 3 horas, mas com ele ligado o carregamento é bem mais lento, com pouco mais de 10% de carga a cada hora. Como qualquer notebook atual, ele utiliza uma bateria li-ion, de forma que cargas parciais não são um problema. Você pode simplesmente carregar a bateria dentro dos seus ciclos normais de uso. Para mais detalhes, veja meu tutorial sobre baterias: https://www.hardware.com.br/tutoriais/baterias/
Uma das maiores limitações do Eee é a resolução da tela, apenas 800×480, que torna desconfortável a navegação web e o uso de muitos aplicativos. Navegar no Eee é sem dúvidas muito mais confortável no que navegar em um smartphone, mas ao mesmo tempo menos confortável do que navegar em um notebook tradicional.
Nos próximos meses, teremos o lançamento do Eee 900, que virá com uma tela de 1024×600, além de concorrentes da HP e (possivelmente) de outros fabricantes, que também virão com telas de maior resolução. Se você puder esperar, vai ter mais opções se deixar para comprar daqui a alguns meses.
Além da tela, outra pesada limitação relacionada com o tamanho reduzido é o teclado. Além de utilizar teclas muito pequenas, ele utiliza um layout pouco conveniente, onde o a tecla ~’ está ao lado da F1 e a tecla | está entre o Enter e o Backspace:
A combinação dos dois fatores faz com que você dificilmente consiga digitar mais do que 100 ou 120 caracteres por minuto, com erros de digitação frequentes. Se você precisa digitar grandes volumes de texto, é importante fazer um testdrive antes de considerar a compra.
O touchpad também é bem menor que o padrão, já que no tamanho atual, simplesmente não sobra espaço para um touchpad de tamanho regular no Eee. Aqui temos um comparativo entre o touchpad do Eee e o do Acer 5050. Você pode notar que ele tem cerca de 50% do tamanho do touchpad do 5050:
Além do tamanho, o touchpad tem mais dois problemas: os botões são duros e ficam bem na borda do aparelho, o que torna o uso desconfortável. Na configuração default, o touchpad tem dificuldade em notar os taps (os toques rápidos que equivalem a cliques), mas é possível solucionar isso ajustando a sensibilidade.
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