ANÁLISE: Gigabyte GTX 1660 Super OC 6G

ANÁLISE: Gigabyte GTX 1660 Super OC 6G

Há alguns meses publicamos a análise da GTX 1650 Super da Gigabyte, e agora chegou a vez de um outro modelo da família Super da companhia taiwanesa. Estamos falando da GTX 1660 Super. Este modelo, assim como as demais opções GTX Super, são baseadas na arquitetura Turing, como as RTX, mas não oferecem suporte via hardware a tecnologias como Ray Tracing e DLSS.

A principal característica das opções GTX Super é que elas são um upgrade de meia geração em relação aos modelos convencionais. As diferenças variam de acordo com o modelo. Por exemplo, no caso da GTX 1650 Super o destaque fica por um número maior de unidades computacionais. No caso da GTX 1660 Super o destaque é em outra área. A VRAM. A versão Super promove a transição para chips de memória GDDR6 mais rápidas.

Diferentemente dos modelos RTX 20, também baseados na arquitetura Turing, as placas da série GTX 20 Super não contam com o sempre badalado modelo de referência da NVIDIA.

Todas as opções que vemos no mercado são as variantes desenvolvidas por seus parceiros. Um dos principais parceiros é a Gigabyte que, entre algumas opções, tem a GTX 1660 Super OC 6G, modelo que recebemos para teste. Abaixo você confere as nossas impressões com esta opção da Gigabyte.

Design e conteúdo da embalagem

A GTX 1650 Super OC 6G é uma das opções customizadas que a Gigabyte colocou no mercado em termos de GTX 1650 Super. O design da placa segue basicamente o que a companhia também aplica numa outra variante, a GTX 1660 Super Gaming OC 6G. No entanto, ao invés de três fans para o resfriamento, como o modelo Gaming OC 6B, esta opção oferece apenas 2 ventoinhas. São dois fans WINDFORCE de 90mm.

A placa é bem compacta, ocupa dois slots no gabinete. Sua carenagem em plástico é na cor preta com detalhes na cor cinza na parte superior e inferior da placa, assim como na traseira, em linhas que percorrem o backplate da Gigabyte 1660 Super OC 6G. Assim como placas mais baratas, e até alguns modelos mais caros, como é o caso da RTX 2070 Super da PCYES, o backplate é de plástico. No entanto, o plastico da GTX 1660 Super OC 6G é bem rígido.

A Gigabyte equipou este modelo com a tecnologia 3D Active Fan. Um nome da turma de marketing para indicar que o sistema de resfriamento trabalha de maneira semi-passiva. As ventoinhas permencem desligadas enquanto a placa estiver operando com uma temperatura mais branda, ou em situações de baixa carga de trabalho para a GPU.

Há também o fato dos fans girarem de maneira alternada, recurso que a Gigabyte chama de Alternate Spinning. Com esse arranjo, de acordo com a Gigabyte, há uma melhora no fluxo de ar.

Além dos dois fans, a placa também tem na composição do seu sistema de resfriamento um dissipador e um heat pipe de cobre que entra em contato direto com a GPU e VRM. Para a alimentação, a placa exige um conector de 8 pinos. As saídas de vídeo são: 3x DisplayPort 1.4 e 1x HDMI 1.4.

Além da placa, a embalagem inclui um CD para instalação de drivers, e folhetos

Desempenho

Vamos partir agora para a seção sobre o que a GTX 1650 Super OC 6G é capaz de oferecer em termos de performance. Como fica nítido pelo OC no nome, este modelo sai de fábrica com overclock. A placa tem um acréscimo de 45 MHz no boost clock. Enquanto nas especificações de referência o boost clock é de 1785 MHz, neste modelo da Gigabyte é 1830 MHz.

A GPU da placa é o TU116. São 1408 CUDA Cores, 88 TMUs e 48 ROPs. Em relação a VRAM, são 6 GB de memória GDDR6 com clock efetivo de 1400 MHz e interface de 192-bit. A largura de banda da memória é 336 GB/s.

A configuração utilizada no teste foi a seguinte.

Configuração utilizada no teste

  • Placa-mãe: Gigabyte Z370XP-SLI
  • Processador: Core i7-8700K
  • Cooler: watercooler PCYES NIX RGB 360mm
  • Memória RAM: 32 GB de RAM Pichau Gaming
  • Placa de vídeo: Gigabyte GTX 1660 Super OC 6G
  • SSD: WD Black SN 750 de 1 TB
  • Fonte: Corsair CX650
  • Sistema: Windows 10 Pro 64-bit

Jogos

Rodamos todos os jogos na resolução Full HD (1920 x 1080 pixels) e registramos qual foi a maior taxa de frames obtida.

GTA V

Lançado em 2013, GTA V é um dos maiores sucessos da última década no mercado de games. Mesmo com sete anos de rodagem, o título da Rockstar continua fortíssimo em termos de venda. Este ano o jogo bateu a marca de 120 milhões de cópias vendidas.

GTA V roda com a engine RAGE (Rockstar Advanced Game Engine). Para este teste de performance utilizamos a ferramenta interna de benchmark que o próprio jogo oferece. Começamos a capturar a partir do momento do carro estacionado na calcada da fama até o final, em que há um choque com um caminhão de combustível.

> FPS Máximo: 164

The Divison 2  (preset ultra)

The Division 2, segundo título da franquia da Ubisoft, lançado no ano passado, coloca a capital dos EUA, Washington, numa situação de alerta, após uma pandemia na cidade. A Divisão Estratégica de Segurança Nacional (Strategic Homeland Division) tem a responsabilidade de restaurar a ordem. Este segundo título roda com a mesma engine do primeiro, a Snowdrop, porém numa versão atualizada.

Para este teste de performance utilizamos a ferramenta interna de benchmark que o próprio jogo oferece. Como não há transições de tela entre o benchmark – situação que acaba fazendo com que a taxa de frames sofra uma variação que não condiz com a realidade in game,  capturamos do início ao final.

> FPS (Máximo): 86

Far Cry 5 (preset ultra)

Quinto jogo da série principal da franquia Far Cry 5, lançado em 2018, é um título que divide jogadores, muitos curtem o título, outros o consideram altamente repetitivo. O fato é que o game tem um enredo polêmico e bons gráficos.  Far Cry 5 faz uso da Dunia Engine, utilizada também em outros jogos da série Far Cry.

Rodamos a ferramenta interna de benchmark do jogo

> FPS (Máximo) 109

 

Assassinsy Creed Odyssey (preset High)

Lançado em 2018, Odyssey é o décimo terceiro título da franquia Assassinys Creed. A engine é a já tradicional AnvilNext 2.0, que é a base de outros jogos da fraquia, inclusive também é o motor gráfico do game mais recente para a franquia Assassinys Creed, o Valhalla, que será lançado ainda em 2020. Foi utilizada a ferramenta interna de benchmark.

> FPS (Máximo): 82

 

Battlefield V (preset High)

Lançado em 2018 como um dos primeiros títulos com Ray Tracing, Battlefield continua como um dos games mais bonitos dessa geração. Tendo como enredo a segunda guerra mundial, este título, distribuído pela EA e produzido pela DICE, utiliza o motor gráfico Frostbite, que também dar o ar da graça em outros games distribuídos pela EA, como Need For Speed e Star Wars Battlefront.

Para este teste utilizamos o preset gráfico Ultra e escolhemos a missão Tyralier. Foi realizada uma corrida ao longo do local inicial com disparos em determinados pontos. Vegetação, explosões e poças criam um estresse muito perceptível nesta cena

> FPS (Maximo): 105

Temperatura

Verificamos a temperatura da placa em dois cenários: durante o teste do3D Mark e no jogo Battlefield V. O teste foi realizado numa bancada, com temperatura ambioente (26ºC).

Resultado no 3D Mark: 71ºC – Resultado no Battlefield V: 72ºC

Especificações

  • Marca: Gigabyte;
  • Modelo: GTX 1650 Super OC (GV-N166SOC-6GD);
  • CUDA Cores: 1408 Mhz
  • Boost clock: 1830 MHz
  • Memória: 6 GB
  • Tipo: GDD6
  • Clock efetivo da memória: 14000 MHz
  • Interface: 192 bits
  • Largura de banda: 336 GB/s
  • Saídas de vídeo: 3x DisplayPort 1.4 /1x HDMI 2.0b

Pontos positivos

  • Desempenho
  • Overclock de fábrica

Pontos negativos

  • Percormance térmica não é tão eficiente

Veredito

A GeForce GTX 1660 Super é uma versão “acelerada” da GeForce GTX 1660 original com especificações de GPU idênticas, mas uma maior largura de banda de memória por meio do uso de chips GDDR6. O modelo GTX 1660 Super OC 6G da Gigabyte é uma dessas opções. Destinado para quem busca um modelo mais compacto dessa série, com um sistema de resfriamento de apenas dois fans, ao invés da GTX 1660 Super Gaming OC 6G, da própria Gigabyte, que é triplo-fan.

A placa mostrou um bom rendimento no que se propõe. É capaz de rodar os mais variados títulos na resolução Full HD com o preset gráfico no alto. Em termos de construção nada de muito interessante, é similar a dezenas de outros modelos que vemos no mercado.

O sistema de resfriamento também não se mostrou tão eficiente comparado a outras opções customizadas da GTX 1660 Super. A questão do overclock no boost comparado as especificações de referência é um quesito que deve ser sempre elogiado pelo fato de facilitar a vida de muitos consumidores que não querem se aventurar num overclock manual.

Em relação ao preço, o cenário não é dos melhores na atualidade. Este modelo é vendido no Brasil por cerca de R$ 2.350, valor que está na margem de outros modelos da linha GTX 1660 Super disponíveis no mercado brasileiro.

No entanto, pelo fato de opções na mesma faixa de preço, como a GTX 1660 Super Twin Fan, da Zotac, ser vendida com o clock de referência, e a GTX 1660 Super Ventus XS OC, da MSI, ter um leve acréscimo no boost comparado ao modelo da Gigabyte, a GTX 1660 Super OC 6G é uma das opções mais interessantes na atualidade no Brasil.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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