Plasma Active 3: nova versão do sistema de tablets do KDE

Plasma Active 3: nova versão do sistema de tablets do KDE

Foi lançada a terceira versão do Plasma Active, um projeto do KDE para tablets. Comentei aqui da primeira e da segunda versão na época dos lançamentos anteriores. A terceira vem melhorar ainda mais o ambiente, tornando-o mais estável, polido e funcional.

Ele trabalha com grupos de aplicativos relacionados a determinada tarefa, organizando tudo por “atividades”. Um trabalho num site com um editor de textos pode ficar numa “atividade” enquanto que a página de um site de vídeos e comentários pessoais numa rede social em outra, por exemplo. Facilita a organização das tarefas, embora seja bem diferente do esperado no iOS, Android ou Windows 8/RT.

Plasma Active

Imagem da atividade inicial

Esta versão tem novos aplicativos: Files, um gerenciador de arquivos diferente dos outros, e o Okular Active. O Files serve para buscar arquivos por tipo, data de criação ou dados semânticos, sem fornecer acesso direto à estrutura de pastas como os gerenciadores tradicionais.

Files

Ele também permite catalogar os arquivos por tags. Já o Okular Active é uma versão do leitor de ebooks do KDE para o Plasma Active. Ele é baseado no mesmo visualizador de documentos para o KDE nos desktops, porém otimizado para telas de toque. Há suporte a diversos formatos, como PDF, EPub, Open Document, etc.

Leitor

O grande destaque no ramo de aplicativos do Plasma Active 3 se dá pelos aplicativos maiores, caso do Kontact e Calligra. A versão mobile do Calligra permite abrir e editar diversos arquivos comuns em formatos OpenDocument ou do Microsoft Office.

O Plasma Active roda no Mer, uma distro feita para dispositivos mobile baseada no MeeGo. Essencialmente o sistema é bem enxuto, otimizado para oferecer um melhor desempenho em hardware limitado, deixando o maior tempo de processamento para a interface da área de trabalho e os aplicativos em si.

Essa versão tem um teclado virtual melhorado, baseado no Maliit, aproveitando o método de entrada do Nokia N9. Ele é mais prático e oferece maior flexibilidade de configuração.

Para o futuro o Plasma Active espera receber mais aplicativos, funcionar em mais dispositivos, melhorar a sincronização de dados e aproveitar as bibliotecas do Qt 5. O pessoal está trabalhando para fornecer um tablet comercial com o Plasma Active, um sonho um tanto quanto complicado para um projeto de software livre sem grandes fundos por trás. O Vivaldi, primeiro tablet com Plasma Active, teve alguns problemas com o fornecedor e está sendo reestudado com novos fabricantes.

Sobre o Plasma Active 3, confira o anúncio e esta página com outros detalhes, além do vídeo abaixo.

Instruções de instalação estão no Wiki, tanto da versão ARM como da x86. Ele funciona em poucos aparelhos, é mais fácil testar a versão x86 por motivos óbvios.

Por enquanto o Plasma Active fica de fora da realidade dos tablets comerciais, mas o ambiente promete bastante. Está ficando mais ágil, estável e mostra que não está para brincadeira. Só precisa do empurrão comercial mesmo, já que infelizmente quase todos os tablets são fechados, não dá para instalar qualquer sistema operacional como se faz num PC.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X