Fundação Apache comenta demora no desenvolvimento do OpenOffice.org

Depois de um bom tempo sem notícias, a Apache Software Foundation se pronunciou em relação à demora no desenvolvimento do OpenOffice.org.

Como muitos já sabem o OpenOffice.org vinha definhando nas mãos da Oracle, que adquiriu a Sun em 2009. O problema é que a Oracle não gostou tanto de boa parte dos projetos então mantidos pela Sun. O OO ficou largado e, depois de muita novela, foi doado à fundação Apache.

Antes disso, a indecisão afastou funcionários e desenvolvedores. Acabou sendo gerado o fork LibreOffice, popular em muitas distros Linux de hoje. A versão otimizada para o Brasil, BrOffice, também adotou o LibreOffice como base. Tanto desenvolvedores como usuários ficaram divididos, o que acabou criando enormes divergências e brigas, inclusive manchando o nome do projeto.

Desde a doação à ASF o OpenOffice parece morto. Mas não está. Num longo texto a fundação Apache esclarece o motivo da demora, ou pelo menos, tenta esclarecer.

Entre outras dificuldades, o OpenOffice precisa ser trabalhado com muito cuidado: não tem uma nova versão há cerca de um ano; partes do produto são cobertas por licenças diferentes da Apache e precisam ser adaptadas ou reescritas; e o código ficou desgastado com a divisão dos desenvolvedores, já que muita coisa nova passou a ser desenvolvida diretamente no LibreOffice. Aparentemente a maior demora se dá no ajuste das partes que dependem de outras licenças e na adaptação do projeto às normas de organização da fundação.

A fundação então tenta ser pragmática quanto às próximas etapas nessa fase de transição, e está aberta para novos colaboradores, mesmo que não seja com código – pode ser documentação, tradução, ajuda em fóruns, etc.

As metodologias da fundação podem não agradar a todos, mas é assim que a coisa funciona lá. Pelo visto ainda vai demorar um tempo até liberarem novidades no código e, finalmente, quem sabe, unificarem os projetos. O grupo garante: o OpenOffice não está em risco.

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