Na noite do último sábado (24), foi confirmada a prisão do bilionário russo de 39 anos Pavel Durov, CEO e fundador do Telegram, na Franca. O executivo foi detido quando desembarcava do seu jato privado que aterrissou no aeroporto Paris-Le Bourget.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, Durov foi preso devido a uma investigação da polícia francesa que, em sua fase preliminar, aponta problemas na moderação de conteúdo do Telegram e o impacto disso na disseminação de diversas práticas ilícitas através do aplicativo.
Essa pauta sobre as implicações em torno da moderação de conteúdo interessa diretamente outro executivo renomado que também atua diretamente na gestão de uma plataforma de comunicação em massa. Elon Musk, o dono do X.
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Em comentário a um post no X que trata sobre alguns fatos relacionados com um enfraquecimento sobre a liberdade de expressão em algumas regiões, incluindo a prisão de Durov, Elon Musk afirmou que vivemos em “tempos perigosos”.
Dangerous times https://t.co/FuB6NEWOqr
— Elon Musk (@elonmusk) August 25, 2024
O empresário sul-africano também compartilhou um vídeo de uma entrevista de Durov com o conservador Tucker Carson e usou a hashtag #FreePavel.
#FreePavel
pic.twitter.com/B7AcJWswMs— Elon Musk (@elonmusk) August 25, 2024
As acusações da Franca contra o Telegram
O Telegram vem enfrentando críticas do governo francês devido ao modo como a plataforma carece de moderar frontalmente e intervir na circulação de determinados conteúdos na plataforma. Dentre os temas citados, crime organizado, contrabando de drogas, promoção de terrorismo e até mesmo abuso infantil.
Durov já se posicionou publicamente contrário aos países que solicitam dados de usuários do Telegram, até mesmo quando o tema são investigações criminais. No Brasil, o Telegram chegou a ser suspenso temporariamente em 2022 e em 2023 com a justificativa da ausência da entrega de dados de usuários à PF que poderiam contribuir com investigações sobre grupos neonazistas dentro da plataforma.
O Telegram também já enfrentou entraves parecidos na Alemanha, Noruega, Rússia, China, Irã e Belarus.
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