O presidente da TSMC, Mark Liu, afirmou que a demanda por PCs, smartphones e TVs, começou a diminuir, especialmente na China.
A China é o maior mercado do mundo de PCs e smartphones, conforme afirma a TSMC, uma das principais fornecedoras da Apple e a maior fabricante de semicondutores.
O declínio na demanda por esses itens de consumo doméstico ocorre devido às incertezas geopolíticas e ao retorno dos lockdowns na China, afirmou o presidente da TSMC nessa quarta-feira (29).
Os sinais de redução na demanda por smartphones e PCs podem ser observados no exemplo do iPhone SE. Na última segunda-feira (28), a Apple reduziu para três milhões de unidades os pedidos para o recém-lançado smartphone.
iPhone SE 2022: baixa demanda faz com que Apple diminua a produção
Por ser a maior dentre as fabricantes de chips, a TSMC age como um barômetro em relação à demanda global de produtos eletrônicos.
Além disso, a indústria de semicondutores de Taiwan é a segunda maior economia em termos de receita, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mark Liu também apontou para o aumento do custo de componentes e materiais, resultando no consequente aumento dos custos de produção para fabricantes de chips, de PCs e celulares.
“Tal pressão [nos fabricantes] poderá, eventualmente, cair nos consumidores”, afirmou Liu durante um evento realizado pela Associação da Indústria de Semicondutores de Taiwan, a qual ele também detém o cargo de presidente.
“Todos na indústria estão preocupados com o aumento dos custos em toda a cadeia de produção… A indústria de semicondutores já sentiu o impacto direto desse aumento”, disse Liu.
O presidente da TSMC ainda destacou que a indústria também se preocupa com as incertezas macroeconômicas deste ano.
Assim como outras fabricantes, a TSMC luta para atender a demanda em meio a uma escassez de semicondutores que surgiu devido à pandemia global.
Nesse sentido, as afirmações do presidente da TSMC sobre a queda da demanda por PCs e smartphones dialogam com as previsões globais de crescimento econômico para este ano.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) deverá reduzir a sua previsão global devido à guerra na Ucrânia, que afetou as macroeconomias de diversos países.Anteriormente, o FMI estimava um crescimento global de 4,4% para 2022.
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Fonte: Nikkei Asia