Já faz algum tempo que a Samsung vem adotando medidas para impedir que alguns usuários insistentes continuem utilizando o Galaxy Note 7. Provavelmente você deve saber que em outubro a companhia suspendeu a fabricação e comercialização do aparelho, devido aos mais de 100 casos de explosões reportado. Além de cessar a produção e venda também foi realizado dois processo de recall para a devolução do produto.
No momento cerca de 85% dos aparelhos já foram devolvidos, porém muitos usuários permanecem com o Note 7 uma atitude meio suicida. Para forçar a devolução a Samsung adotou algumas estratégias como, por exemplo, limitar a carga em até 60%. A partir do dia 15 de dezembro outra medida, a mais drástica delas, entrará em vigor nos EUA: um update que impede o carregamento da bateria. A princípio essa medida será adotada somente nos EUA. No Canadá, Austrália e Nova Zelândia, foi anunciado que o suporte as redes móveis no Note 7 serão desabilitadas. No entanto, é bem provável que a medida de impedir o carregamento da bateria também chegue nesses e nos demais países em que o smartphone está ativo.
Desde o início da confusão com o Galaxy Note 7 a Samsung tem se movimentado rápido e de forma eficiente para contornar o problema. Essa mesma eficiência não pode ser dita na questão da construção do aparelho. Uma análise recente da Instrumental, empresa que trata sobre falhas de hardware, afirma que a Samsung colocou um produto perigoso nas lojas, e que os engenheiros da companhia tintam plenas condições de avaliar que o aparelho não poderia ter sido lançado daquela forma.
A busca por um design mais fino, que a Instrumental chama de design agressivo, permitiu que a bateria do Galaxy Note 7 pudesse facilmente ser comprimida, o simples ato de deixar o aparelho em cima da mesa já poderia aumentar a pressão da bateria, fazendo com que o polo positivo se encontrasse com o polo negativo, causando aquecimento, e consequentemente a explosão, já que não há como dissipar o calor.
Embora esteja causando um grande prejuízo moral e financeiro para a Samsung, Ben Stanton, analista da empresa de pesquisa Canalys, diz que o mercado de smartphones muda muito rápido e os consumidores têm memória de curto prazo, mas que essa retomada de confiança, principalmente com a linha Note (que não será encerrada) terá que ser muito bem trabalhada pela empresa. Parte desse processo está relacionado a lançamento do seu próximo grande aparelho, o Galaxy S8, com especificações impactantes, um controle mais apurado em relação aos testes de qualidade, e uma grande orçamento destinado ao marketing de divulgação.