Opera vai usar o Google Gemini em sua inteligência artificial Aria

Na última terça-feira, dia 28, a Opera fez um anúncio sobre a incorporação de uma nova LLM à sua inteligência artificial integrada ao navegador, a Aria. De acordo com a informação divulgada, a empresa optou por adotar o modelo Gemini para potencializar as capacidades da IA.

O uso do Google Cloud também foi anunciado como essencial para viabilizar o processamento e o funcionamento eficiente dessa IA. Atualmente, a Aria com Gemini só pode ser acessada através da versão beta do navegador, mas é esperado que, em breve, se torne acessível em outras versões.

Leia também
Google anuncia novidades para a sua inteligência artificial Gemini
Gemini: Inteligência artificial do Google ganha integração com YouTube e Gmail no Brasil

Aria usa ChatGPT e Google Gemini

No passado, quando a Aria foi introduzida pela primeira vez ao público, ela era baseada em uma versão do LLM GPT, desenvolvida pela OpenAI, a mesma organização por trás de sistemas bem conhecidos como o ChatGPT e o Copilot.

A Opera informou que tem planos de manter a Aria versátil, permitindo que ela utilize diferentes modelos de inteligência artificial conforme a necessidade de cada tarefa específica. É interessante notar que ela já opera com mais de cento e cinquenta LLMs distintos. O GPT e agora o Gemini são apenas dois exemplos dentre os mais conhecidos.

No que diz respeito à criação de imagens, a Opera indicou que adotará o Imagen 2, criado pela DeepMind — que faz parte do conglomerado Google. Eu próprio me dispus a experimentar essa ferramenta de criação de imagens, contudo meu navegador ainda não recebeu essa atualização específica.

Vale mencionar que o relacionamento entre a Opera e o Google não é algo recente. O buscador do Google já é o mecanismo padrão no navegador da Opera desde há muito tempo. Agora, com a adoção do modelo Gemini, o Google junta-se à OpenAI na incursão pelo território das IAs avançadas.

Aria ainda é uma IA muito ineficiente

O Opera já é meu navegador padrão há muitos anos, talvez há mais de uma década. E logo quando a Aria foi lançada, comecei a testar a ferramenta com certo entusiasmo. Mas, devo dizer que acabei desabilitando o recurso pois a Aria ainda estava muito “crua”.

Além da demora na geração de respostas e, ocasionalmente, alguns equívocos e alucinações nas respostas, a Aria ainda carece de funcionalidades extras para deixar a sua usabilidade melhor. Contudo, há esperança de que a implementação do modelo Gemini traga melhorias substanciais.

Apesar dos desafios iniciais, é justo reconhecermos que a Aria oferece uma funcionalidade bastante útil para entender o significado de palavras em português. Basta ao usuário selecionar o termo desejado, solicitar a definição e a Aria exibirá o significado rapidamente, dispensando a necessidade de abrir uma nova aba do navegador.

É relevante também destacar os navegadores Opera One e Opera GX, voltado especialmente para o público gamer. Ambos são compatíveis com a Aria. Além disso, a Opera tomou medidas estratégicas ao estabelecer um centro dedicado à IA na Islândia, equipado com os sofisticados dispositivos Nvidia DGX.

Em relação ao Google, após um início mais discreto no ramo das inteligências artificiais, agora vemos um avanço acelerado. O modelo Gemini já encontrou seu caminho no Galaxy AI e há previsões de que em breve será introduzido em aparelhos celulares das marcas Oppo e OnePlus. A Honor, outra fabricante de smartphones, também anunciou intenções de integrar essa IA do Google nos seus dispositivos.