Nada de multa: deputados propõem projetos de lei para proteger uso de VPN no Brasil

É comum que, em momentos de restrições governamentais que impactam diretamente a internet, a procura por apps de VPN, capazes de contornar restrições geográficas, aumente consideravelmente. O Brasil não foge à regra.

Desde o bloqueio do X, a procura por VPN no país disparou. O Panorama tem despertado a atenção de deputados que já articulam projetos de lei para tentar regulamentar o uso desse tipo de tecnologia no país. O objetivo é a proteção do uso de VPN no país sem penalidades. Atualmente, cerca de 60 milhões de pessoas usam VPN no Brasil.

Proteção ao uso de VPN no Brasil

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Um dos projetos nesse sentido é do deputado federal Amon Mandel (Cidadania-AM), autor do PL 3.402/2024. O projeto visa garantir o uso de VPN sem penalidades, contrário ao que foi indicado pelo ministro Alexandre de Moraes que determinou uma multa de R$ 50 mil para aqueles que utilizam algum subterfúgio, como VPN, para acessar o X no Brasil.

Outro projeto que segue a linha do que é proposto por Mandel é o PL 3.475/2024, proposto pela deputada Bia Kicis (PL-DF). Ela sugere vetar qualquer tipo de proibição ao uso de VPN para acessar plataformas bloqueadas no Brasil. A deputada também disse que a multa imposta por Moraes é inconstitucional e a afeta a segurança digital ao impedir o internauta de utilizar uma camada adicional de proteção às informações pessoais.

Vale lembrar que, além de permitir o acesso a conteúdo restrito geograficamente, VPNs também aumentam a privacidade da navegação. Mascarando o IP original e mantendo os dados trafegados seguros, aplicando um ‘tunelamento’ criptografado para proteger as informações.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou recentemente com um uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a decisão de Moraes.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) foi na mesma toada, afirmando que a previsão de multa para aqueles que acessam o X por VPN prejudica diretamente os veículos de imprensa “que precisam, por força de sua missão, monitorar o que ocorre dentro da plataforma”.

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