Após a impressionante aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, na última terça-feira (18), os principais estúdios rivais da Activision já começaram a exibir preocupações.
Embora, no dia da compra da Activision Blizzard, as ações das empresas da indústria de games tenham subido consideravelmente — e desse modo pode ajudar a impulsionar o setor após um fraco início neste ano —, a ação da Microsoft pode causar uma nova onda na indústria.
Dito isso, de acordo com fontes da imprensa dos EUA, alguns desses estúdios enxergaram com bons olhos o fato de serem alvos de potenciais aquisições. A proposito, além da aquisição da Activision pela Microsoft, o fator metaverso gerou ainda mais expectativas na indústria por negócios similares.
Com aquisição da Activision, Microsoft se tornará a terceira maior empresa da indústria
Vale ressaltar que a Microsoft era a quarta maior empresa do setor de games, logo acima da Activision Blizzard, em termos de receita. No entanto, com a aquisição da Activision, a Microsoft irá superar a Nintendo, ficando atrás, apenas, da Sony e da Tencent.
Por falar em Sony, a maior empresa de games do mundo, mas o seu apogeu pode chegar ao fim. Após as aquisições da Activision pela Microsoft e da Zynga pela Take-Two, analistas destacam a forma como as duas empresas possuem valores estratégicos bem maiores do que o mercado pensava.
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Assim como a Take-Two, a intenção da Microsoft é entrar de vez no mercado mobile, pois a Activision é dona do estúdio King, desenvolvedor de Candy Crush.
Para se manter no páreo, Sony deve comprar algum grande estúdio
Enfim, a Sony, para não perder o seu lugar de destaque na indústria, deve considerar uma aquisição gigantesca para, portanto, enriquecer seu portfolio.
Caso a Microsoft consiga fechar o acordo de aquisição da Activision, em 2023, a Sony poderá, desse modo, ter o passe livre para também entrar no jogo.
Outros possíveis alvos da Sony, com condições similares para rivalizar com a Activision, são a Ubisoft, a Take-Two e a EA, cujas bibliotecas possuem grandes títulos. Imagine a Sony detendo os direitos de GTA, FIFA, Borderlands, Apex Legends, Titanfall e Red Dead Redmption.
Certamente, seria uma ação para ficar em pé de igualdade com a biblioteca do Xbox Game Pass, que, aliás, se expandirá ainda mais.
Comprar a EA é o caminho mais provável, afirmam analistas
Entretanto, a possível pedra no sapato da Sony, em relação à aquisição da Take-Two é por sua valorização no mercado, que pode chamar a atenção de gigantes como a Apple, Amazon, Disney, Meta e Netflix.
O caso da Ubisoft é ainda mais difícil devido ao controle institucional da família Guillemot, que possui 23% dos votos e 15% das ações da empresa, além de um de seus membros, Yves Gillemot, ocupar o cargo de CEO.
Possivelmente, a decisão mais lógica é a aquisição da EA pela Sony devido ao gigantesco catálogo de jogos do estúdio americano.
Portanto, além da Microsoft subir um degrau (e levar outra empresa junto), a aquisição da Activision despertou um crescimento nas ações da EA (principal rival americana da Activision Blizzard), da Take-Two, dona da Rockstar e dos estúdios europeus Ubisoft e CD Projekt.
As ações da EA subiram em 2,7% e das da Take-Two em 1%, mas vale ressaltar que a última terça-feira foi um dia atípico para a indústria tech na bolsa de valores devido às preocupações em relação aos rendimentos de títulos.
Por exemplo, as ações da Microsoft caíram em 2,4%, enquanto as da Activision Blizzard subiram, surpreendentemente, em 26%.
A Sony, por outro lado, no dia da aquisição da Activision, viu suas ações cair em 7%.
Top 10 Maiores companhias da indústria de videogames em 2021:
- Sony
Rendimentos: US$ 25 bilhões
- Tencent
Rendimentos: US$ 13,9 bilhões
- Nintendo
Rendimentos: US$ 12,1 bilhões
- Microsoft
Rendimentos: US$ 11,6 bilhões
- Activision Blizzard
Rendimentos: US$ 8,1 bilhões
- Electronic Arts
Rendimentos: US$ 5,5 bilhões
- Epic Games
Rendimentos: US$ 4,8 bilhões
- Take-Two Interactive
Rendimentos: US$ 3,1 bilhões
- Sega Sammy
Rendimentos: US$ 2,3 bilhões
- Bandai Namco
Rendimentos: US$ 2,2 bilhões