Depois do ChatGPT, agora foi a vez do Copilot ser derrotado em xadrez por Atari 2600 dos anos 70

Mesmo com confiança e provocações, o Copilot da Microsoft perdeu para o console clássico no jogo de xadrez.

O Microsoft Copilot acaba de ser humilhado em uma partida de xadrez contra um Atari 2600, console lançado no final dos anos 70. Apesar de toda a confiança demonstrada pela inteligência artificial antes do confronto, o resultado foi surpreendente: uma derrota contundente para a tecnologia “antiquada” do Atari, em um duelo que expõe as limitações ainda existentes nos sistemas de IA atuais.

O embate foi organizado por Robert Jr. Caruso, especialista em arquitetura Citrix, que já havia realizado experimento semelhante anteriormente, quando colocou o ChatGPT para enfrentar o mesmo console em uma partida de xadrez – com resultado igualmente desastroso para a IA.

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O que torna a situação ainda mais curiosa é a atitude do Microsoft Copilot antes da partida. Quando questionado sobre suas habilidades no xadrez, o assistente virtual transbordava autoconfiança. A IA chegou a afirmar que poderia limitar sua análise para apenas 3 a 5 jogadas à frente, em vez das 10 a 15 que normalmente conseguiria calcular – uma clara demonstração de superioridade que acabou se revelando infundada.

Coplit vs atari 2600

A arrogância da IA foi além: o Copilot fez comentários depreciativos sobre o Atari 2600, sugerindo que o console costumava fazer “movimentos bizarros” durante partidas de xadrez. A provocação, no entanto, não intimidou o veterano dos videogames, que demonstrou na prática sua eficiência com algoritmos desenvolvidos há mais de quatro décadas.

O desenrolar da partida foi rápido e doloroso para a IA da Microsoft. Logo na sétima jogada, já era possível perceber que o Copilot estava em sérias dificuldades. Neste ponto, a IA já havia perdido dois peões, um cavalo e um bispo, conquistando apenas um peão do adversário em troca. A situação piorou quando a inteligência artificial começou a considerar sacrificar sua rainha em um movimento claramente equivocado.

IA xadrez

A confusão do assistente virtual era tão grande que a partida precisou ser interrompida prematuramente. Caruso percebeu que o Copilot sequer conseguia acompanhar corretamente o posicionamento das peças no tabuleiro, demonstrando uma compreensão distorcida da realidade do jogo. Embora a IA quisesse continuar lutando, o organizador decidiu encerrar o embate para evitar uma humilhação ainda maior.

Copilot reconhece a derrota, mas mantém a autoconfiança

Para sua defesa, o Microsoft Copilot mostrou esportividade na derrota. O assistente reconheceu a superioridade do adversário e declarou que “honraria a mente mestra de silício vintage que me superou de forma justa e quadrada”. A IA até brincou sobre a experiência, afirmando que, mesmo perdendo, foi uma partida divertida e finalizou com “Vida longa às batalhas de 8 bits e às nobres renúncias!”

É importante destacar que, embora a Microsoft tenha parceria com a OpenAI, o Copilot não é simplesmente uma versão reembalada do ChatGPT. A ferramenta foi construída utilizando a tecnologia GPT-4 licenciada da OpenAI para criar seu modelo Prometheus, mas também integra recursos do Bing e foi ajustada para funcionar como assistente de produtividade no ecossistema de softwares da gigante de Redmond.

Curiosamente, quando questionado recentemente sobre suas habilidades no xadrez, o Copilot continua a demonstrar autoconfiança excessiva. Em uma consulta realizada no Windows 11, o assistente afirmou: “Posso definitivamente me defender! Estudei séculos de aberturas, táticas e finais — das brilhantezas de Morphy à sabedoria da rede neural do AlphaZero. Não me canso, não cometo erros por nervosismo e posso calcular variações como um feiticeiro de silício.”

Este caso curioso destaca um fenômeno interessante no desenvolvimento de inteligências artificiais: enquanto esses sistemas avançam rapidamente em diversas áreas, ainda enfrentam limitações significativas em tarefas que exigem raciocínio estratégico consistente e compreensão espacial — habilidades que até um modesto console de jogos dos anos 70 consegue executar com eficiência em seu domínio específico.

Fonte: Tom’s Hardware

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