Segundo a Microsoft, o grupo hacker por trás dos ataques feito à empresa americana SolarWinds, no final do ano passado, estão mirando órgãos governamentais, empresas, ONGs e outras organizações em 24 países.
À época, o presidente da Microsoft, Brad Smith, afirmou que o ataque foi o “maior e mais sofisticado” que ele já havia visto, atribuindo a autoria à hackers sob comando do governo da Rússia.
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Hoje (28) a Microsoft afirmou, através de um post em seu blog oficial, que o grupo hacker Nobelium intensificou os seus ataques nessas organizações, cuja maioria está localizada nos Estados Unidos, como parte de um trabalho que visa obter informações de inteligência para o governo russo.
De acordo como o vice-presidente da Microsoft, Tom Burt, um ataque hacker ocorrido na semana passada deu acesso a mais de 3 mil contas de e-mail de mais de 150 organizações. Burt afirmou que uma das intenções dos cibercriminosos era obter acesso à serviços confiáveis e infectar seus clientes.
O ataque foi feito através de um serviço de marketing digital utilizado pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA.
Os hackers distribuíram emails declarando que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, havia publicado novos documentos que defendiam a tese de fraude eleitoral. Quando o usuário clicava nesses links, um arquivo malicioso era inserido e os hackers conseguiam roubar os dados e infectar os outras máquinas na mesma rede.
Ainda de acordo com Burt, obter acesso aos provedores de email e às atualizações de softwares deram aos hackers oportunidades de causar danos colaterais em operações de espionagem, bem como enfraquecer a confiança no ecossistema tecnológico.
Desse modo, em abril deste ano, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, determinou sanções contra 32 indivíduos e entidades russas, incluindo seis empresas que fornecem suporte às operações hackers do governo da Rússia.
Além disso, o governo dos EUA expulsou 10 diplomatas russos trabalhando em solo americano.