O Google não é conhecido como Gigante das Buscas a toa. Afinal de contas, ele possui o site de buscas mais visitado no mundo todo. No entanto, como diria o sábio Tio Ben: “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades“.
Recentemente a companhia enfrentou um grande vazamento de informações secretas. Informações essas que podem colocar o Gigante das Buscas em maus lençóis. Esse problema mostrou como funciona seu sistema de busca e revelou segredos que os usuários não conheciam. O vazamento trouxe detalhes sobre como os sites aparecem nos resultados de pesquisa e por que o Google Chrome foi criado, entre outras coisas importantes.
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Especialistas detalham o vazamento
Rand Fishkin, da empresa SparkToro, recebeu essas informações em 5 de maio. Ele as conseguiu por e-mail de Erfan Azimi, fundador da EA Eagle Digital. O e-mail continha muitos documentos da API de busca do Google. A mídia especializada, como The Verge e Android Police, confirmou a veracidade dos documentos. Ex-funcionários do Google e Mike King, especialista em SEO (Search Engine Optimization), também confirmaram.
Erfan postou um vídeo no YouTube explicando suas razões e o que descobriu no vazamento. Ele mostrou 2.500 páginas com 14.014 detalhes do Google. Essas ferramentas analisam quantas vezes as pessoas visitam os sites. Elas incluem inclusive técnicas que o Google dizia não usar. Você pode ver o vídeo na íntegra abaixo:
Erfan quer mais transparência na internet e que o Google assuma responsabilidade pelo seu grande impacto. Ele também quer mostrar se o Google mentiu. Segundo Erfan, as informações estavam no GitHub desde 27 de março de 2024 e foram achadas em 7 de maio de 2024. Nesse tempo, qualquer pessoa podia ver os dados, que foram postados por um anônimo.
Com esses dados, Rand descobriu que o Google usa técnicas para saber quanto tempo as pessoas ficam em cada site. Isso ajuda a decidir quais páginas aparecem primeiro nos resultados de busca.
Porque o Google Chrome foi criado
Os documentos também mostram por que o Chrome foi criado. Parece que o Google queria saber e analisar cada clique dos usuários. Hoje, o Chrome é usado por 64% das pessoas no mundo. Esse escândalo levanta questões sobre privacidade e críticas à inteligência artificial do Google.
Os documentos mencionam uma ferramenta chamada NavBoost, pesquisas sobre eleições e COVID-19, e como os resultados podem mudar conforme o que a pessoa faz na internet. Em breve, Erfan e Rand vão conversar mais sobre o vazamento no evento SparkTogether 2024 em Seattle, Washington, EUA, em 8 de outubro.
O The Verge tentou falar com o Google, mas ainda não teve resposta. Pode ser que o Google tenha atualizado sua API depois que os documentos, de agosto de 2023, foram divulgados. Mas não temos como ter certeza. Só sei que isso ainda tem muita lenha para queimar.
Fontes: Android Police, The Verge e SparkToro
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