O ano de 2024 está se mostrando um verdadeiro marco para as maiores fortunas do planeta. Com uma estimativa de crescimento de cerca de US$ 585 bilhões, a riqueza das grandes fortunas disparou, impulsionada por uma combinação de desempenho extraordinário no mercado de ações e o boom da inteligência artificial. O que parecia promissor no início do ano superou as expectativas, com destaque para empresas como Tesla, NVIDIA e Oracle, cujos líderes viram suas fortunas crescerem em níveis inéditos.
Elon Musk: a retomada
Em uma reviravolta impressionante, Elon Musk reconquistou a liderança como a pessoa mais rica do mundo, após ter perdido a posição para Bernard Arnault no início de 2024. O CEO da Tesla viu sua fortuna crescer em US$ 113 bilhões este ano, segundo dados compilados pelo Bloomberg Billionaires Index.
Esse crescimento foi impulsionado valorização de 37% das ações da Tesla, que se beneficiaram de fatores como a ascensão dos táxis-robôs e o impacto das eleições presidenciais nos EUA. Com a vitória de Donald Trump, Musk, apoiador direto do republicano, integrará o Governo como líder do Departamento de Eficiência Governamental.
A influência de Musk também pode ser fundamental para o futuro da Tesla. Trump, que anteriormente criticava os carros elétricos, fez um recuo em sua postura e reconheceu o apoio de Musk, o que pode ter impactado positivamente a imagem da gigante dos carros elétricos.
A Tesla também está mapeando outros mercado, com o de robôs, com o Optimus. Segundo Musk, esse robô será a “babá dos seus filhos no futuro”.
Larry Ellison: O rei da computação em nuvem
Com a crescente demanda por serviços de computação em nuvem, Larry Ellison, fundador e CTO da Oracle, se beneficiou significativamente de uma valorização de mais de 83% nas ações da empresa. O aumento no preço das ações da Oracle levou Ellison a adicionar US$ 76,8 bilhões à sua fortuna, elevando seu patrimônio total para US$ 200 bilhões. A demanda por treinamento de IA na Oracle Cloud foi citada pela CEO Safra Catz como um fator-chave para esse crescimento.
Jensen Huang: O império dos chips com o boom da IA
Jensen Huang, CEO e cofundador da NVIDIA, também teve um ano histórico. A empresa, líder no desenvolvimento de processadores essenciais para a formação de modelos de IA, viu suas ações subirem 185%, o que levou Huang a adicionar US$ 76,8 bilhões à sua fortuna, alcançando um patrimônio de US$ 121 bilhões. Em agosto, devido a uma valorização de ações, ele chegou a ganhar o equivalente a R$ 64 bilhões em um único dia!
O papel da NVIDIA na revolução da inteligência artificial foi um dos principais fatores que impulsionaram esse crescimento. A fortuna de Huang já é suficiente para comprar a Intel, por exemplo.
A ascensão da NVIDIA no noticiário fez com que o nome de Huang rompesse algumas bolhas. O executivo tem sido cada vez mais mencionado, uma figura ímpar em todo o desenvolvimento tecnológico e estratégico da gigante das GPUs.
Mark Zuckerberg: O recomeço da Meta
Após uma reavaliação estratégica, Mark Zuckerberg fez uma mudança importante ao abandonar o investimento no metaverso, o que resultou em bons resultados financeiros para a Meta. Com esse novo foco, Zuckerberg viu sua fortuna crescer em US$ 75,3 bilhões, somando um total de US$ 203 bilhões até o final de 2024.
Jeff Bezos: Crescimento em meio a atribulações
Embora 2024 tenha sido um ano difícil para Jeff Bezos, especialmente com os investimentos imobiliários que o forçaram a vender ações, sua fortuna não sofreu, mas sim aumentou em US$ 51,6 bilhões. Isso consolidou Bezos como a segunda maior fortuna do mundo, atrás apenas de Elon Musk.
Bernard Arnault: A queda do império luxuoso
Enquanto muitos dos grandes nomes do setor de tecnologia viram suas fortunas crescerem, Bernard Arnault, CEO da LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), teve um ano difícil. A queda nas vendas do grupo de luxo, especialmente das marcas Louis Vuitton e outras, fez Arnault perder US$ 39,2 bilhões em 2024. Embora a diversificação da LVMH tenha ajudado a mitigar parte dessa queda, a fortuna do bilionário foi duramente impactada pela desaceleração do setor de luxo.