Segundo uma apuração da Bloomberg News, em uma reunião interna por chamada de vídeo realizada ontem (10), Elon Musk foi bem direto em relação ao que pode acontecer com o Twitter caso não ocorra um aumento de receita. Quando indagado por um funcionário sobre as estimativas de ganhos da rede social, o magnata sul-africano não descartou a possibilidade de falência da plataforma possa ocorrer no próximo ano.
Com a queda na receita publicitária, Musk e sua equipe estão recorrendo a outras estratégias para impulsionar o caixa da plataforma, como o modelo de assinaturas. O futuro do Twitter depende diretamente dessa nova estratégia. Caso fracasse, o Twitter pode acabar não sobrevivendo a uma nova crise econômica, segundo palavras do próprio Musk em e-mail enviado aos funcionários.
Vale lembrar que o primeiro movimento de Musk assim que assumiu o Twitter foi anunciar o corte de mais de 50% da força de trabalho da plataforma, cerca de 150 funcionários desligados trabalhavam no Twitter no Brasil.
Ação que pode ter relação direta com um entendimento de Musk sobre uma possível ineficiência de parte dos que integravam o quadro de funcionários, mas também uma movimentação para cortar gastos. Situação que também aflige outras grandes corporações do mundo tech, como a Meta, que anunciou essa semana o maior corte da história das empresas de tecnologia, demissão de mais de 11 mil colaboradores.
Também está ocorrendo algumas demissões voluntárias no Twitter, da parte da direção executiva da companhia, entre eles, a diretora de segurança da informação do Twitter, Lea Kissner, e o diretor de privacidade, Damien Kieran.
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No mesmo encontro virtual com parte da equipe do Twitter, Musk reafirmou sua política sobre contra o home office, sustentando a posição de que os funcionários precisam cumprir, no mínimo, 40 horas semanais de forma presencial. Em alguns casos, a carga de trabalho pode alcançar 80 horas semanais. “Se você não quiser vir, a demissão é aceita”, teria afirmado Musk, segundo uma fonte ouvida pela Bloomberg News.
O direito a uma folga semanal, instituído durante a pandemia, também foi revogado. A disponibilidade de comida grátis no escritório também será abolida. O ultimato que as falas de Musk aparentam ter, segundo as fontes ouvidas pela reportagem, seria uma forma de mostrar para a equipe a necessidade de tornar um acerto o modelo de assinatura do Twitter Blue, que chegou ao Brasil custando R$ 25,90/mês.
Também joga contra Musk o fato de juros anuais de US$ 1 bilhão que estão sob suas costas, devido ao seu empréstimo de US$ 13 bilhões, crucial para levantar o montante de US$ 44 bilhões para concluir a compra do Twitter.
Segundo fontes próximas ao Elon Musk, o executivo tem essa abordagem mais dura de motivar quem está ao seu entorno, uma tentativa de transmitir a mensagem que o Twitter precisa engatar a quinta marcha e ir numa direção completamente nova que a empresa vinha seguindo.
