A Alphabet, holding que engloba empresas como a NestLabs e o Google, entende o impacto que o ChatGPT pode causar sobre o atual gigante das buscas.
Segundo a CNBC, alguns funcionários do Google já temem que o ChatGPT possa exercer no futuro o papel que o Google e outros mecanismos de busca tem desde os primórdios da web comercial. Assim como o Google destronou o Yahoo e outros, a IA pode revolucionar totalmente o conceito de “auxilio ao usuário”.
Evidentemente o Google não está assistindo isso de braços cruzados. A DeepMind, uma das empresas que fazem parte da Alphabet, promete lançar em 2023 uma IA melhor que a ferramenta da OpenAI.
Em declaração à revista Time, o CEO da Alphabet, Demis Hassabis, declarou que está sendo desenvolvido um sistema de inteligência artificial concorrente ao ChatGPT. Batizado de Sparrow, a AI deve ser lançada de forma privada ainda este ano para que alguns testadores selecionados possam usar.
Our founder and CEO @DemisHassabis talks to @TIME about DeepMind’s mission to build AI responsibly to help solve some of the world’s toughest problems. 🌐 https://t.co/cVPDPwiHdk
— DeepMind (@DeepMind) January 12, 2023
Apresentado no ano passado como uma prova de conceito em um trabalho de pesquisa, o Sparrow é descrito como um agente de diálogo útil e que reduz o risco de respostas perigosas e inadequadas.
Além das discussões acerca do papel cada vez mais significativo da inteligência artificial na sociedade, há todos os problemas ligados a vieses e a operação de determinados sistemas. Embora esteja sendo aclamado por sua facilidade e velocidade na geração de respostas, o ChatGPY também carrega, até o momento, uma grande deficiência: os dados incorretos repassados nas respostas geradas.
Observar o ChatGPT parece ser um dos ponto-chaves da Deepmind, em relação à observação de pontos considerados ineficientes da plataforma, para lançar uma alternativa que seja mais assertiva. Hassabis reconhece a importância de ser cauteloso nessa área.
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Em testes iniciais, o Sparrow teria dado respostas plausíveis, com base em evidências, em 78% das vezes quando a dúvida era de cunho factual.
Como explica a Deepmind em seu site, treinar uma IA conversacional é um problema especialmente desafiador porque é difícil identificar o que torna um diálogo bem-sucedido. “Para resolver esse problema, recorremos a uma forma de aprendizado por reforço ( Reinforcement Learning – RL) com base no feedback das pessoas, usando o feedback de preferência dos participantes do estudo para treinar um modelo de quão útil é uma resposta”.
“Para obter esses dados, mostramos aos nossos participantes vários modelos de respostas para a mesma pergunta e perguntamos qual resposta eles mais gostam. Como mostramos respostas com e sem evidências recuperadas da Internet, esse modelo também pode determinar quando uma resposta é alicerçada por evidências”.
Além da utilidade das respostas, também é preciso garantir o comportamento adequado da ferramenta, restringindo certos parâmetros, estabelecendo um conjunto de regras para que declarações ameaçadoras e comentários ofensivos não sejam utilizados.
A Deepmind também enfrentará a aliança de players importantes com o ChatGPT. A Microsoft anunciou ontem (16) a integração do chatbot da OpenAI com o Azure A gigante do Windows também deve alocar US$ 10 bilhões na OpenAI.
ChatGPT is coming soon to the Azure OpenAI Service, which is now generally available, as we help customers apply the world’s most advanced AI models to their own business imperatives. https://t.co/kQwydRWWnZ
— Satya Nadella (@satyanadella) January 17, 2023
E isso seria apenas o início de uma grande revolução nos produtos da Microsoft, a companhia poderia implementar o ChatGPT até mesmo no Bing, tentando finalmente emplacar uma concorrência mais forte ao Google.