Cocriador do mouse, Bill English morre aos 91 anos

William Kirk English, mais conhecido como Bill English, engenheiro da computação, natural de Lexington, Kentucky, EUA, e um dos principais nomes por trás da criação do mouse, morreu aos 91 anos. A confirmação chegou só agora, mas, segundo o New York Times, English morreu no dia 26 de julho, vítima de problemas respiratórios. A informação foi confirmada por sua esposa Roberta English. English estava hospitalizado em uma clínica de San Rafael, Califórnia.

William English
William Kirk English.

Recentemente publicamos um artigo sobre Douglas Engelbart, reconhecido como o criador do mouse. William “Bill” English também é um nome importante do processo, esse grande parceiro de Engelbart no Stanford Research Institute, foi uma peça fundamental no desenvolvimento do mouse em 1963.

A ideia do mouse partiu de Engelbart e a concepção ficou com English, que esculpiu o primeiro molde do mouse em um pedaço de mogno. A foto abaixo mostra o primeiro protótipo do mouse desenvolvido no Stanford Research Institute (atualmente SRI International).

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Assim como Engelbart, English nunca foi tão midiático, mas sua contribuição é determinante para a evolução da computação e interação homem-máquina.

Após servir a Marinha, English ingressou  no Stanford Research Institute no final dos anos 50, onde trabalhou com Douglas Engelbart. William English também foi determinante naquela que ficou conhecida como  “a mãe de todas as demonstrações”,  realizada em 1968, reconhecida como a primeira videoconferência da história, e como um dos momentos mais impressionantes da história da computação e tecnologia. Nessa demonstração, conduzida por Engelbart, foi demonstrado o uso do mouse, inserção de elementos visuais e até o uso de hiperlinks. O colega e grande parceiro profissional de English, Douglas Englebart, morreu em 2013, aos 88 anos. A patente do mouse foi registrada dois anos após essa apresentação, em 1970.

A dupla Engelbart e English também contribuíram para o desenvolvimento do oNLine System, ou Nls, o primeiro sistema a trabalhar com o mouse. Esse sistema também foi uma das bases para a “mãe de todas as demonstrações” em 1968.

Enquanto Engelbart cuidava da apresentação e por criar o frenesi na plateia com mais de 100 presentes que acompanhava a demonstração, English cuidava nos bastidores para que tudo saísse como o planejado.  Doug Fairbairn, diretor do Museu de História da Computação em Mountain View, Califórnia, que trabalhou com English, declarou que o engenheiro da computação mostrou como uma interface de computador poderia e deveria ser. Seguindo uma das principais constatações sobre a computação: “a melhor interface é aquela que você não sente que está utilizando”.

Em 1971, Bill English foi para o lendário Xerox Parc, onde contribuiu para a invenção do computador pessoal, além de aprimorar o mouse. Ele também trabalhou para a Sun Microsystems e, posteriormente, para o fabricante de consoles para o fabricante de consoles 3DO.

English deixa sua esposa Roberta, dois filhos,  Aaron e John, uma enteada e uma neta.

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Editor-chefe no Hardware.com.br. Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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