Chrome OS ganha suporte a VPN e um gerenciador de arquivos

As versões recentes do canal ‘dev’ do Chrome OS mostram aprimoramentos interessantes no sistema do Google: suporte a conexões VPN e um gerenciador de arquivos.

Pode parecer bobeira comemorar um “gerenciador de arquivos” num “sistema operacional”, mas é uma evolução e tanto considerando o jeitão do Chrome OS. Ele é basicamente um navegador e só, tudo mais roda na web. Alguns desenvolvedores nos EUA tiveram acesso a notebooks com o sistema no final do ano passado, e não falta tanto para o lançamento ao público em geral.

O gerenciador de arquivos é simples, permite navegar entre as pastas, criar pastas, mover arquivos, etc. Embora o objetivo do Chrome OS seja armazenar tudo na núvem, não é descartado o salvamento de pequenos dados localmente ou numa mídia removível. Aparentemente a mesma base do gerenciador de arquivos será usada nas janelas “abrir” e “salvar”:

Gerenciador de arquivos do Chrome OS

O outro recurso é a conexão com VPNs, útil no ramo corporativo.

Conexão VPN

O Chrome OS não pretende atingir apenas os usuários domésticos, há um outro mercado muito lucrativo. Segundo o Google no ano passado, cerca de 60% dos computadores em empresas poderão trocar o Windows pelo Chrome OS, já que são basicamente estações que dependem da rede. Grandes empresas que já usam serviços do gigante, como o Docs e Google Apps, poderão ter mais chances de migração.

A aplicação do Chrome OS é muito polêmica. Ele não substituirá os notebooks e netbooks tradicionais para todos, mas servirá como um computador para acesso exclusivo a web. Em famílias mais “ricas” dá a entender que será um dispositivo secundário, enquanto que em famílias pobres poderá ser o primeiro computador do pessoal.

Nesse sentido o Chrome OS assusta. Ele é bastante limitado, não roda aplicativos tradicionais (para Windows ou Linux), depende constantemente da internet. Dá para imaginar as lojas populares oferecendo esses notebooks a preços baixos, o pessoal comprando e logo em seguida se decepcionando. Numa comparação tosca, é só ver o nível de reprovação do Windows Starter Edition – o 7 deu uma melhorada, mas aqui no Brasil é fácil encontrar alguém insatisfeito com o XP ou Vista Starter. Se for divulgado com “notebook” e for barato, pode ter certeza que o Chrome OS passará por isso. A decepção dos compradores será maior ainda, uma vez que será difícil instalar outro sistema. O Chrome OS pode ter seu lugar, seus benefícios e tudo mais, mas deve ser uma opção de compra consciente, sabendo o que está levando.

Particularmente acho errado chamar um aparelho com o Chrome OS de “notebook”, mas é assim que vem sendo tratado desde os primeiros rumores.

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