ChatGPT recria imagem de filha falecida a partir de sonho do pai

Diretor de tecnologia utilizou o ChatGPT para visualizar como seria sua filha aos 16 anos, gerando comoção nas redes sociais e levantando debates sobre o uso de IA no processo de luto

A inteligência artificial transformou um sonho em realidade visual para o diretor de tecnologia Márcio Bueno, que conseguiu recriar a imagem de como seria sua filha Manuela aos 16 anos, falecida ainda bebê. O caso, compartilhado no LinkedIn, alcançou mais de 100 mil visualizações em apenas um dia e comoveu milhares de usuários da plataforma.

Bueno relatou que teve um sonho vívido com a filha adolescente e decidiu utilizar ferramentas de IA para materializar essa experiência. Após testar diversas plataformas como Claude e Grok, foi o ChatGPT Plus que conseguiu executar a tarefa com maior precisão, combinando descrições do sonho com fotos do executivo e sua esposa para gerar o resultado final.

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O caso levanta discussões importantes sobre o uso da tecnologia em processos de luto. Bueno enfatiza que sua experiência ocorreu após um luto já superado, diferenciando-se de casos mais controversos relatados pela CNN em 2024, onde americanos tentavam se comunicar com entes falecidos através de réplicas de voz geradas por IA.

Especialistas em psicologia alertam para a necessidade de cautela no uso de ferramentas tecnológicas como mediadoras da vivência do luto, principalmente quando envolvem simulações de pessoas falecidas. Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros aponta que, embora a tecnologia possa colaborar no alívio de sintomas do luto, seu uso deve ser consciente.

O advogado Gabriel Arantes, especialista em direito digital, explica que a legislação brasileira ainda é insipiente quanto ao uso de imagens de pessoas falecidas em interações com IA. Segundo ele, o principal debate jurídico atual gira em torno do uso comercial dessas imagens, como ocorreu no caso da cantora Elis Regina em um comercial da Volkswagen, que foi analisado pelo Conar.

A Apple e a Microsoft também têm investido no desenvolvimento de recursos de IA que podem ter aplicações semelhantes, embora com abordagens distintas quanto às políticas de uso e privacidade.

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Cearense. 37 anos. Apaixonado por tecnologia desde que usou um computador pela primeira vez, em um hoje jurássico Windows 95. Além de tech, também curto filmes, séries e jogos.
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