O BeReal é uma rede social que teve seu momento de destaque e que tem como proposta principal mostrar fotos “da vida real”, ou seja, sem edições. Agora temos o BeFake, uma rede social que tem uma proposta totalmente inversa.
O BeFake é realmente um aplicativo real, mas a ideia é que as pessoas compartilhem diariamente imagens suas que foram modificadas por uma inteligência artificial, o que parece estar em alta no momento.
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BeFake se inspirou em BeReal na forma de postagem em tempo real
Ao invés de postar imagens sem nenhum tipo de edição como no BeReal, o BeFake oferece uma diversidade de opções com selfies modificadas usando IA. O funcionamento é bem parecido com a do BeReal, ou seja, uma vez por dia ele vai notificar o momento de postar a foto e o usuário terá 20 minutos para fazer essa postagem.
Ele também usa as duas câmeras para registrar tanto a selfie da pessoa quanto o seu ambiente e visão. Depois disso, ela poderá editar essas imagens usando promtps de comando de texto para o IA. O aplicativo até mesmo dá algumas opções para quem está começando e não tem muitas ideias.
Dessa forma existem diversas possibilidades de modificações como deixar a foto mais colorida e como se fosse pintada, ou aplicar temas como de ficção científica ou steampunk, ou mudar a cor dos cabelos ou da pele, aplicar maquiagens e pinturas faciais, entre muitas outras opções. Dá até mesmo para se colocar em um ambiente novo, como de fantasia.
Ele também dá a oportunidade de editar apenas parte da imagem, mantendo uma parte original.
O BeFake AI foi desenvolvido pela Alias Technologies, uma empresa de IA aplicada que usa mídia generativa e sistemas de IA multimodais para criar aplicativos de mídia social, e iniciou com um financiamento coletivo onde conseguiu arrecadas US$ 3 milhões. O nome foi proposital, deixando claro que ele é uma versão oposta do BeReal e que funciona de forma semelhante.
A ideia foi unir o conceito de rede social em tempo real com seu próprio aplicativo de inteligência artificial da Alias. Com isso os usuários poderão expressar autenticidade e, ao mesmo tempo, criatividade.
Um detalhe interessante é que ele funciona trazendo a oportunidade de modificar uma selfie com IA sem precisar enviar dezenas de imagens para isso, como acontece com alguns aplicativos que oferecem essa opção. Além disso, tudo é feito muito rapidamente, como aplicar um filtro.
E o melhor de tudo é que ele é gratuito para a postagem diária. Para quem quiser postar imagens fora da janela do tempo do aplicativo ou mais de uma vez por dia existe o sistema de assinatura, que tem o valor atualmente de US$ 2,99 por semana ou US$ 9,99 por mês, ou US$ 99,99 por ano.
Por já ter experiência com jogos também, os fundadores do BeFake acreditam que isso vai ajuda-los a manter o aplicativo relevante, já que a ferramenta de IA vai se adaptando de acordo com a evolução dos gostos dos usuários a longo prazo.
Kristen Garcia Dumont, cofundadora da Alias, atuou como CEO no desenvolvimento e lançamento de dois jogos móveis de sucesso, World War Rising e Final Fantasy XV: A New Empire. Ela falou um pouco sobre como isso poderá ajuda-las a evoluir o BeFake.
“O fosso da maioria dos aplicativos de IA não será a tecnologia subjacente. Temos uma parte proprietária do nosso pipeline. Tenho certeza que outras pessoas também. Mas o que você deseja fazer é aproveitar ferramentas de código aberto. E à medida que as ferramentas de código aberto melhoram, você também melhora, porque pode aproveitá-las. Então você não quer ser muito precioso em relação ao seu pipeline de engenharia. Seu fosso é sua comunidade – esse é o fosso nos aplicativos de IA. Portanto, estamos muito focados em construir essa comunidade e, para fazer isso, você precisa ser capaz de ser hiperresponsivo à sua comunidade.”
Aplicativo ainda não está disponível no Brasil
O BeFake atualmente só está disponível nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, então infelizmente ainda não dá para usá-lo aqui no Brasil. Embora ainda não haja uma previsão de quanto ele chegará por aqui, a ideia da empresa é crescer e lança-los em outro mercado, então os interessados podem ficar de olho.
Fonte: techcrunch
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