Apple é hackeada: cibercriminosos exigem US$ 50 mi para resgate dos dados

Em uma semana cheia de novidades e lançamentos, como os novos iMacs e iPads, a Apple se vê no meio de um ataque hacker em um dos seus principais fornecedores que demandam US$ 50 milhões pelos dados.

O ataque ransomware atingiu a Quanta Computer, que fabrica a maioria dos Macbooks, em Taiwan. Além disso, a Quanta fornece equipamentos para o Facebook e o Google.

O REvil, grupo cibercriminoso por trás da ação, ganhou fama recente por um ataque similar à Acer. Desta vez, os hackers alegam ter infiltrado o servidor da Quanta e roubado informações preciosas sobre os produtos da Apple.

Assim como a Apple, Acer também sofreu ataque ransomware exigindo 50 milhões de dólares

No último domingo (18), em um fórum na darkweb, o grupo anunciou que iria executar o seu “maior ataque”, que foi oficializado nessa terça-feira (20), afirmando que a Quanta foi a vítima escolhida. A data coincidiu com o evento da Apple “Spring Loaded”, que anunciou novos produtos da empresa, incluindo os primeiros iMacs com o chip M1.

No post, o REvil informou que iria aguardar o pagamento da Quanta até o dia 1 de maio, e incluiu imagens relacionadas aos designs de produtos da Apple. Além disso, o grupo cibercriminoso afirmou que continuaria a postar os dados até que uma das duas empresas pagassem o resgate.

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Uma das imagens vazadas pelo grupo mostra o desenho técnico de um modelo do Macbook.

Inicialmente, a Quanta não expressou interesse em pagar o resgate de US$ 50 milhões pelos dados roubados. Após isso, a gangue foi atrás Apple exigindo o pagamento para evitar que os dados sejam vazados.

“Nosso time está negociando com grandes empresas a venda de grandes quantidades de designs confidenciais, bem como gigabytes de dados pessoais”, afirmou o REvil em postagem online.

Apple
O pedido de resgate à Apple após a recusa da Quanta. Créditos: The Record

Embora tenha confirmado o ataque, a Quanta se recusou a dar mais informações sobre os dados roubados. No entanto, a empresa afirmou que já acionou as forças de segurança para iniciar as investigações sobre o crime.

O Departamento de Investigações do Ministério da Justiça de Taiwan afirmou ontem (21) que já iniciou um inquérito preliminar, afirmando que o primeiro passo é “compreender a natureza do incidente”, apesar de não ter aberto um caso de investigação inicial.

A Apple, por outro lado, se negou a comentar sobre os ataques.

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