Antivírus da Kaspersky pode ser banido dos Estados Unidos devido a laços com governo russo

Antivírus da Kaspersky pode ser banido dos Estados Unidos devido a laços com governo russo

Atualização: 21/06/24

A Kaspersky enviou um comunicado oficial sobre o assunto para o Hardware.com.br. Confira abaixo na íntegra:

A Kaspersky está ciente da decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos de proibir o uso do software Kaspersky no país. A decisão não afeta a capacidade da empresa de vender e promover produtos de inteligência contra ciberameaças e/ou treinamentos nos EUA.

 Apesar de propor um sistema no qual a segurança dos produtos da empresa pode ser verificada de forma independente por empresas terceiras de confiança, a Kaspersky acredita que o Departamento de Comércio tomou sua decisão com base no atual cenário geopolítico e preocupações teóricas, em vez de uma avaliação técnica sobre a integridade dos produtos e serviços da Kaspersky. A Kaspersky não se envolve em atividades que ameacem a segurança nacional dos Estados Unidos e, na verdade, fez contribuições significativas com relatórios e proteção contra uma variedade de ameaças que visavam os interesses dos EUA e seus aliados. A empresa pretende buscar todas as opções legais disponíveis para preservar suas operações e relações atuais.

 Por mais de 26 anos, a Kaspersky tem cumprido sua missão de construir um futuro mais seguro, protegendo mais de um bilhão de dispositivos. A Kaspersky fornece produtos e serviços líderes de mercado para clientes ao redor do mundo para protegê-los de todos os tipos de ciberameaças, demonstrando repetidamente sua independência frente a qualquer governo. Além disso, a Kaspersky implementou medidas de transparência inéditas entre seus pares da indústria de cibersegurança, com o objetivo de demonstrar seu forte comprometimento com a integridade e confiabilidade. A decisão do Departamento de Comércio ignora injustamente as evidências.

 O principal impacto dessa medida é uma vantagem para o cibercrime. A cooperação internacional entre especialistas de cibersegurança é crucial na luta contra o malware e a decisão restringirá esses esforços. Além disso, tira a liberdade que, consumidores e organizações, grandes e pequenas, deveriam ter de usar a proteção que desejam. Neste caso, forçando-os a se afastar da melhor tecnologia antimalware do setor, de acordo com testes independentes. Isso causará uma interrupção dramática para os clientes da empresa, que serão forçados a substituir urgentemente a tecnologia que preferem e na qual confiaram para sua proteção por anos.

 A Kaspersky continua comprometida em proteger o mundo das ciberameaças. O negócio da empresa permanece resiliente e forte, marcado por um crescimento de 11% nas vendas em 2023. Estamos ansiosos pelo que o futuro reserva e continuaremos a nos defender contra ações que buscam prejudicar injustamente nossa reputação e interesses comerciais.

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Segundo informações da Reuters, o famoso antivírus Kaspersky pode ser banido dos Estados Unidos devido à aliança com o governo russo. A empresa responsável pelo software, a Kaspersky Lab, foi fundada na Rússia em 1997.

Governo americano considera que a Kaspersky representa risco crítico à segurança

Segundo fontes relacionadas com a administração de Joe Biden, o alinhamento dos Estados Unidos com à Ucrânia, em meio a guerra com o país comandado por Vladimir Putin, pode acarretar no banimento da Kaspersky, já que líderes estariam considerando como um “risco crítico à segurança dos dados do país.

Em 2022, a Comissão Federal de Comunicações (FCC), publicou um regulamento que determinou o banimento de dez empresas de tecnologia, entre elas a Kaspersky. Naquele momento, a restrição ao fornecimento de soluções de segurança aos órgãos públicos, mas a empresa pôde seguir operando em relação a acordos B2B ou até mesmo no fornecimento de produtos ao consumidor final.

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No ano seguinte, o Canadá seguiu uma linha parecida, proibindo serviços da Kaspersky em dispositivos fornecidos para o governo.

Com as novas restrições, a Kaspersky seria impactada na venda de softwares, assim como também seria impedida de divulgar atualizações de software, revendas e licenciamento do produto. A medida deve entrar em vigor no dia 20 de setembro. Portanto, as empresas que dependem das soluções da empresa russa já terão que começar a buscar alternativas.

Outra empresa que recebeu sanção dos Estados Unidos recentemente é a Deepcool, conhecida por seus produtos de resfriamento e gabinetes. Segundo as autoridades dos EUA, a DeepCool forneceu bens no valor de mais de US$ 1 milhão às empresas russas que constam na lista de sanções.

Com base nisso, o governo americano determinou que a representação da marca nos Estados Unidos terá que vender os produtos. Isso também pode representar que a filial americana da DeepCool não será capaz de fornecer suporte pós-venda aos consumidores.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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