Android deve dominar mercado dos games em 2020, aponta relatório

Um novo relatório da Liftoff, líder em marketing e retargeting de aplicativos para dispositivos móveis, aponta que o sistema operacional mais popular do mundo no segmento móvel, o Android, também será o preferido dos gamers.

A pesquisa analisou mais de 107 bilhões de impressões de anúncios, quase 82 milhões de instalações e 14 milhões de compras em 555 aplicativos de jogos entre junho de 2018 e maio de 2019. O relatório contempla oito países: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Rússia, Japão e Coreia do Sul.

A vantagem do Android na “guerra” de plataformas contra o rival iOS já era uma tendência observada pela Liftoff no relatório lançado no ano passado, quando o sistema operacional da Apple ainda era o mais utilizado para jogos.

Essa mudança se explica pelos custos. O preço de aquisição de um usuário por meio de ações de marketing no Android é de apenas US$ 3,21, enquanto no iOS esse valor sobe para US$ 4,85. Ou seja, o proprietário de um jogo tem que desbancar 51% a mais para conseguir captar um usuário de iOS.

Isso se reflete também na taxa de in-app purchase (IAP), que são as aquisições de usuários por meio de compras realizadas dentro do próprio aplicativo para, por exemplo, ganhar mais vidas ou conquistar novos itens de jogo. Nesse critério, que mede o engajamento dos usuários, o iOS sofreu uma queda nas vendas de 21% para 13,2%, reduzindo a vantagem sobre o Android, que tem 9,5%.

E tudo indica que a Apple não terá vida fácil para continuar superando a concorrência no mundo dos games. No início de agosto, a ASUS lançou seu novo smartphone para jogos, o ROG Phone II, que tem o hardware mais poderoso já visto em qualquer Android. No dia em que foi lançado na China, o aparelho teve suas vendas esgotadas em apenas 73 segundos, tempo jamais registrado por novos iPhones.

“No geral, o Android é a melhor opção de compra. A queda significativa nas taxas de compra de aplicativos do iOS deve pressionar os profissionais de marketing a revisar suas estratégias baseadas em plataforma. É preciso levar em conta essas tendências e considerar ações mais efetivas com foco em Android”, afirma Dennis Mink, vice-presidente de Marketing da Liftoff

Brasil se destaca por baixo custo, mas desigualdade atrapalha o mercado

O Brasil é um mercado atrativo para os aplicativos de jogos que querem gastar pouco para adquirir usuários, mas isso não significa algo totalmente vantajoso. Apesar do custo baixo para converter anúncios em instalações, de US$ 1,42, os jogos ainda enfrentam dificuldades para converter seus esforços em vendas efetivas.

Analisando os dados de compra no aplicativo (IAP), o custo para adquirir um usuário brasileiro em jogos de celular é de US$ 33,88 (equivalente a mais de R$ 130), valor quase idêntico ao que é gasto no Canadá (US$ 33,43). Entretanto, as semelhanças param por aí. No Brasil a taxa de engajamento, ou seja, conversão em vendas, é de apenas 4,2%, contra 15,3% no Canadá.

O Brasil é um mercado promissor, no qual 82% das pessoas que jogam games eletrônicos utilizam aplicativos de celular. “O preço para adquirir um usuário também é uma barganha em comparação com outros mercados pelo mundo. Entretanto, a desigualdade social ainda presente no país impõe um desafio para a conversão em vendas”, avalia Dennis Mink.

Metodologia

O Relatório de Aplicativos de Jogos para Celular 2019 da Liftoff tem como base a análise de dados internos entre 01/06/2018 e 31/05/2019, incluindo 107,3 bilhões de impressões, 1,6 bilhão de cliques, 81,7 milhões de instalações de apps e 13,9 milhões de IAPs (compras no aplicativo).

O relatório traçou os custos e taxas de conversão associadas ao marketing de jogos móveis, além das taxas de retenção do AppsFlyer (Dia 1, Dia 3, Dia 7, Dia 14 e Dia 30) e o total de downloads e receitas com compras no aplicativo pela Apptopia.Ele também contempla dados divididos por plataforma (iOS e Android), sub-categorias de games (Midcore e estratégia, Casual, Hyper Casual e Casino), regiões (Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e África, e América do Norte) e 8 países (Brasil, Canadá, Alemanha, Japão, Rússia, Coreia do Sul, Estados Unidos e Reino Unido).

Postado por
Editor-chefe no Hardware.com.br. Aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Siga em:
Compartilhe
Deixe seu comentário
Veja também
Publicações Relacionadas
Localize algo no site!