Amazon Prime Video começa a exibir anúncios na plataforma

No começo do ano passado, a Amazon anunciou seus planos de mostrar anúncios em filmes e programas de TV transmitidos pelo serviço Prime Video. Porém não em uma versão mais barata do serviço e sim dentro do serviço padrão. Dessa forma, quem quiser se livrar dos anúncios terá que pagar mais caro.

Enquanto há um ano isso era apenas um plano, hoje ele já é uma realidade, ao menos nos Estados Unidos. Por lá, a empresa já começou a implementar essa mudança desde o começo da semana, mais especificamente desde o dia 29 de janeiro.

Pagando a mais no Amazon Prime para não ter anúncios

De acordo com a empresa, a iniciativa teria como objetivo permitir que a Amazon continue investindo em conteúdo de qualidade ao longo do tempo, conforme destacado em um e-mail enviado aos clientes sobre a transição iminente para “anúncios limitados”.

Segundo a comunicação da Amazon, a intenção é ter “significativamente menos anúncios do que a TV linear e outros provedores de TV por streaming”. A empresa ressalta que não é necessário tomar nenhuma ação por parte dos assinantes, e o preço atual da assinatura Prime não será alterado.

Mas, claro, os clientes têm a opção de pagar uma taxa adicional de US$2,99 por mês para continuar desfrutando de uma experiência sem anúncios. Ou seja, para ter o que já tinha antes no preço comum.

O e-mail enviado aos clientes também destaca os muitos benefícios da assinatura Prime, provavelmente como uma tentativa de manter os assinantes diante dessa decisão. Vale ressaltar que lá nos Estados Unidos de fato a assinatura Prime conta com alguns benefícios a mais que não temos aqui no Brasil como ofertas e entregas de medicamentos e até seguro saúde.

Prezado membro Prime,

Estamos escrevendo para informar sobre uma mudança iminente em sua experiência no Prime Video. A partir de 29 de janeiro, filmes e programas de TV no Prime Video incluirão anúncios limitados. Isso nos permitirá continuar investindo em conteúdo envolvente e aumentar esse investimento ao longo do tempo. Nosso objetivo é ter significativamente menos anúncios do que na TV linear e em outros provedores de streaming de TV. Nenhuma ação é necessária de sua parte, e não há alteração no preço atual de sua assinatura Prime. Também ofereceremos uma nova opção sem anúncios por um custo adicional de $2,99 por mês* que você pode adquirir aqui.

Atualmente, por lá, o Amazon Prime custa US$14,99 por mês ou US$139 anualmente, enquanto o Prime Video pode ser assinado separadamente por US$8,99 por mês. Com a introdução da taxa para streaming sem anúncios, o custo do Prime aumentará para pouco menos de US$18, e o Prime Video independente subirá para pouco menos de US$12.

Aqui no Brasil o Amazon Prime custa R$ 14,90 mensal ou R$ 119,00 ao ano.

A Amazon ainda revelou que o Freevee, seu serviço de streaming gratuito com patrocínio de anúncios, e conteúdos de eventos ao vivo, como esportes, continuarão a incluir publicidade.

Cenário dos streamings mudando. Para pior.

Essa mudança ocorre em um cenário em que outros serviços de streaming estão aumentando as taxas de assinatura e incluindo anúncios em seus planos mensais mais acessíveis.

Nomes como Disney Plus, Hulu, Max, Netflix e Paramount Plus já oferecem anúncios em suas camadas mais acessíveis. Embora o custo mensal do Amazon Prime em si não esteja mudando, os assinantes que desejam preservar a experiência sem anúncios a partir de agora terão que desembolsar um valor adicional.

A verdade é que está ficando cada vez mais difícil e mais caro usar os serviços de streaming. Hoje em dia eles são tão fragmentados que os usuários precisam escolher quais vão ser cortados da lista, visto que assinar todos é uma despesa que não dá para ignorar no final do mês ou do ano.

Ao mesmo tempo, os próprios serviços de streaming precisam manter sua programação interessante para atrair mais usuários, financiando conteúdos exclusivos e mantendo operações sustentáveis. Com isso, acabam com decisões complexas a serem feitas, na tentativa de equilibrar a satisfação do cliente e a viabilidade financeira. Resta saber até quando isso vai dar certo.

Fonte: The Verge e Axios