As expressões faciais desse robô foram geradas pela tecnologia que equipa o ChatGPT

As expressões faciais desse robô foram geradas pela tecnologia que equipa o ChatGPT

A Engineered Arts, empresa britânica especializada no desenvolvimento de robôs, lançou recentemente um vídeo que demonstra o potencial da integração da tecnologia GPT-3, que também é a base para o fenômeno ChatGPT, no campo do progresso das expressões faciais e o feedback gerado pelo humanoide a partir da interação com humanos.

A grande obra da Engineered Arts até então é o Ameca, considerado o robô humanoide mais avançado do mundo. No vídeo compartilhado pela companhia, é possível observar a maneira com que o robô interage com base em algumas perguntas e situações que uma pessoa apresenta ao robô. A resposta é sempre acompanhada de expressões faciais marcantes. Ao ser questionado qual foi o dia mais feliz de sua vida, a Ameca, com um sorriso no rosto, responde que foi o dia em que ele foi ativado.

 

Em outro momento, o seguinte cenário é descrito para o robô: “há um enorme asteroide que está prestes a colidir com a Terra e pode matar todos nós!”. O Ameca fica espantado, e diz que isso é uma coisa terrível.

Para interagir com o público, o robô incorpora microfones, câmeras binoculares montadas nos olhos, câmera no peito e software de reconhecimento facial. Seus membros artificiais, ligamentos e matrizes de sensores são todos feitos com tecnologia de ponta.

Atualmente, ele ainda não consegue andar. No entanto, como se trata de um desenvolvimento modular, a Engineered Arts pretende também alcançar esse feito. Em termos de software, o grande destaque do Ameca é o Trivium, sistema que foi desenvolvido ao longo de 12 anos.

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Parte desse resultado surpreendente, em relação ao progresso no campo da robótica, se deve a integração da máquina ao GPT-3, modelo de linguagem desenvolvido pela Open-AI, a empresa responsável pelo ChatGPT, a inteligência artificial generativa mais popular da atualidade.

A Engineered Arts também tentou realizar a integração com a versão mais recente da tecnologia, o GPT-4, mas o tempo de processamento ficou mais longo e o robô pareceu menos responsivo.

Segundo estimativa de Jim Fan, PhD, e que atua na NVIDIA no desenvolvimento de IA, em cerca de 5 anos os robôs humanoides, como o Ameca, conseguirão ultrapassar o famoso “vale da estranheza”, conceito criado pelo cientista japonês Masahiro Moris que designa a aversão que as pessoas sentem com robôs parecidos com pessoas reais. “Os robôs serão tão realistas que você não poderá mais identificar se é ou não real”, diz Fan.

No futuro, a expectativa é que robôs humanoides sejam combinados com IAs generativas, como o ChatGPT, o que representa que os humanos poderão fazer perguntas e gerar outros tipos de interação diretamente com o robô.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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