Meta perde US$ 677 bilhões em valor de mercado, afetando fortuna de Zuckerberg

Meta perde US$ 677 bilhões em valor de mercado, afetando fortuna de Zuckerberg

A Meta, empresa dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, apresentou o relatório financeiro para o terceiro trimestre de 2022. E os resultados são bem preocupantes. Tão preocupantes que na abertura da bolsa de valores da NASDAQ, as ações da Meta caíram 25%. Passaram de US$ 129,87 para US$ 98,21. É a primeira vez em seis anos que o valor das ações fica abaixo de 100 dólares.

Portanto, no período de um ano, a Meta perdeu US$ 677 bilhões em valor de mercado. Em outubro de 2021, a empresa fundada por Mark Zuckerberg, valia US$ 868,52 bilhões. Atualmente ela vale cerca de US$ 280,31 bilhões.

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Mark Zuckerberg está mais pobre

Mark Zuckerberg
Chora não, tio Mark.

A consequência de tamanha desvalorização dos papéis da Meta afetou até mesmo a fortuna de Zuckerberg. Agora o CEO e fundador da Meta está US$ 100 bilhões mais “pobre” (se é que podemos usar essa palavra com tio Mark).

É óbvio que a riqueza de Mark Zuckerberg não fica na sua conta corrente do banco. A fortuna do empresário é medida por todo o seu patrimônio, incluindo as ações que ele detém na bolsa de valores. Se as ações caem, é lógico dizer que ele está mais “pobre” (mais uma vez, com muitas aspas).

Além disso, a Meta deixou de pertencer ao grupo de 20 empresas com maior valor de ação do mundo. Em janeiro de 2022 a empresa de Zuckerberg ocupava a sexta posição. Agora ela caiu para a 26ª posição. Se fosse o campeonato brasileiro de futebol, poderíamos dizer que a Meta foi rebaixada para a Série B.

Para você ter uma ideia de como isso é sério, a última vez que as ações da companhia ficaram abaixo de US$ 100, ela ainda se chamava Facebook. E na época estava crescendo vertiginosamente.

Receita e lucros cada vez menores

Gráfico
Gráfico com o valor das ações da Meta na NASDAQ

O relatório financeiro referente ao terceiro trimestre de 2022 mostrou ainda que a Meta teve queda na receita e no lucro. O que piorou ainda mais o cenário foi que a empresa continuou mantendo os pesados investimentos em seus produtos. O mais caro deles, sem dúvida alguma, é o metaverso.

É verdade que todas as grandes marcas de tecnologia estão passando por queda de receita, lucro e vendo o valor das ações caírem. Mas a Meta foi a que apresentou os piores resultados. Um dos motivos para isso é justamente o metaverso. Zuckerberg está gastando muito mais do que ganha atualmente com suas fontes de receita. É óbvio que ele espera recuperar o seu investimento no futuro. Mas para isso ele precisa emplacar o metaverso.

Outro fator que contribuiu para o péssimo relatório financeiro da Meta foi a queda na receita com anúncios. Todo mundo sabe que os anúncios exibidos no Facebook e no Instagram são a principal e maior fonte de receita da empresa. Então, se eles vão mal, toda a empresa vai mal também.

E nesse ponto a Apple conseguiu prejudicar bastante a Meta. As mudanças de privacidade implementadas no iOS impactam a performance dos anúncios. Sem poder rastrear os usuários, os anúncios exibidos são menos assertivos, gerando menos cliques. Com menos cliques, os anunciantes pagam mais caro para ter os mesmos resultados de antes. E isso fez com que diversas empresas deixassem de anunciar nos produtos da Meta.

Apple é a única que se salva

A Meta não é a única empresa que está passando por um momento de crise. Google e Snap também divulgaram relatórios financeiros decepcionantes. A única que está “se salvando” nesse atual cenário é a Apple.

Ela apresentou um lucro líquido igual ao do trimestre anterior. A venda de Macs teve uma alta de 25% e a venda de iPhones e iPads se manteve estável. Mesmo assim, a Apple vai perdendo valor de mercado. No começo do ano eu publiquei uma notícia informando que a Maçã tinha ultrapassado o valor de mercado de US$ 3 trilhões! Pois é, mas agora a companhia está valendo US$ 2,4 bilhões.

Ou seja, não está fácil para ninguém.

Fontes: Bloomberg e CNBC

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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