Nesta terça-feira (17) a Netflix demitiu cerca de 150 funcionários. A maioria dos desligamentos ocorreu nos Estados Unidos e têm ligação com o último relatório financeiro da empresa, que apresentou queda no número de assinantes e queda na receita.
Os 150 funcionários desligados representam 2% da força de trabalho da companhia nos Estados Unidos e Canadá, de acordo com a agência de notícias Reuters. Destes, 26 funcionários trabalhavam para o site Tudum, que é um projeto da Netflix com foco nos fãs de suas séries originais.
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Infelizmente, não é de hoje que a Netflix precisa demitir funcionários. Antes dessa rodada de demissões em massa, a empresa já havia desligado 25 funcionários que trabalhavam no marketing. Destes, 12 trabalhavam no site Tudum. Vemos que este é um projeto que não está trazendo o retorno que a empresa esperava.
As 150 demissões foram confirmadas pela Netflix através de um comunicado enviado à imprensa. Nele, o serviço de streaming disse que “as mudanças foram tomadas principalmente por necessidades corporativas e não por desempenho individual”. O comunicado chamou as demissões em “despedida para grandes colegas” e afirmou que eles terão apoio “nesta difícil transição”.
1ª queda de assinantes em uma década
Na última década a Netflix se acostumou a ver o seu número de assinantes crescer. Com isso, a receita da companhia também crescia junto. Mas, pela primeira vez em 10 anos, o serviço de streaming perdeu assinantes. 200 mil assinantes a menos, para ser mais exato.
Segundo os executivos da empresa, um dos culpados pode ser o compartilhamento de senhas. A empresa estima que cerca de 100 milhões de lares estão usando o serviço com senhas de terceiros. Uma pesquisa recente revelou que 1 em cada 10 usuários acessa o serviço através de uma senha compartilhada. Por isso, a Netflix começou a testar a cobrança de uma taxa extra para quem compartilha a conta. Essa ideia, no entanto, não foi vista com bons olhos pelos assinantes.
Outra solução que a Netflix pode adotar para tentar melhorar seus números é a implantação de um plano mais barato com exibição de anúncios. Nos Estados Unidos a Disney+ já possui um plano nestes moldes. E ao que tudo indica a Netflix pretende implementar esse tipo de plano até o final do ano.
Mas a situação deve ficar ainda pior. Em retaliação à invasão da Ucrânia por parte da Rússia, a empresa encerrou os seus serviços no país. Com isso, ele deve perder cerca de 2 milhões de assinantes nos próximos meses. Mesmo que a companhia retorne a operar no país, será difícil reconquistar todos os usuários.
Ao The Verge, a empresa explicou que a saída mais efetiva, no curto prazo é cortar gastos:
“Como explicamos na nossa conferência de resultados financeiros, a desaceleração do crescimento das receitas significa que precisamos desacelerar o crescimento de nossos custos como empresa.”
Spencer Neumann, diretor-chefe de finanças da Netflix, disse que a empresa pretende reduzir os custos pelos próximos dois anos. E isso pode significar ainda mais demissões.
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