Cientistas desenvolvem inteligência artificial que pode prever terremotos

Cientistas desenvolvem inteligência artificial que pode prever terremotos

Dentre os fenômenos que podem causar desastres naturais, os terremotos são os mais comuns e mais difíceis de prever, mas isso pode mudar graças ao avanço das pesquisas em inteligência artificial.

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Para prever terremotos, sobretudo em grandes cidades onde o barulho é constante, é necessário diferenciar a aproximação do fenômeno das vibrações usuais das cidades.

Desse modo, cientistas pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de obter um sinal nítido da aproximação de terremotos. 

A descoberta é um algoritmo criado pelos cientistas que afirmam poder melhorar a detecção de redes de monitoramento de terremotos nas grandes cidades através da inteligência artificial.

O algoritmo de deep learning da inteligência artificial chama-se UrbanDenoiser, treinado com banco de dados de 80 mil amostras sísmicas urbanas e 33.751 amostras indicadoras de atividades de terremotos.

Os cientistas coletaram as amostras urbanas em Long Beach e as indicadoras de atividades de terremotos foram coletadas na zona rural de San Jacinto, ambas no estado da Califórnia.

Inteligência artificial terremotos
A inteligência artificial analisa atividade sísmica de Long Beach para diferenciar terremotos de barulho urbano.

Aliás, a Califórnia é um dos estados com mais atividades de terremoto nos EUA e, em 1918, San Jacinto sofreu um dos maiores terremotos da história do país.

Desse modo, a inteligência artificial filtra o barulho sísmico externo, possibilitando aumentar a qualidade geral do sinal de detecção de terremotos.

Além disso, o algoritmo da inteligência artificial ainda consegue recuperar sinais que anteriormente não eram suficientemente fortes para registrar.

Inteligência artificial consegue melhores resultados na detecção de terremotos

Geralmente, os terremotos são monitorados por sensores sísmicos, ou sismômetros. Os sismômetros medem de maneira contínua as ondas sísmicas através das vibrações do solo.

Assim, os algoritmos de inteligência artificial usados para ‘peneirar’ o barulho externo de terremotos são úteis para estações de monitoramento sísmico em locais propensos a terremotos.

México, Peru, Japão, Indonésia, Itália, Grécia e os EUA estão entre os dez países com maiores índices de terremoto e podem se beneficiar dessa tecnologia.

O quarto maior terremoto da história foi o de Fukushima, em 2011, no Japão.

De acordo com os cientistas, ao utilizar os dados coletados da região de Long Beach, o algoritmo que os pesquisadores desenvolveram detectou “substancialmente” mais terremotos.

Os cientistas afirmam que a tecnologia facilitará a identificação e a forma como os terremotos começaram.

Por exemplo, os dados de um terremoto de 2014 em La Habra, também na Califórnia, apresentou quatro vezes mais atividades sísmicas na inteligência artificial que os dados oficialmente registrados.

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