Sony compra Bungie, desenvolvedora de Destiny, por US$ 3,6 bi

Sony compra Bungie, desenvolvedora de Destiny, por US$ 3,6 bi

A Sony anunciou ontem (31) a compra do estúdio Bungie, responsável pela criação da franquia Destiny e da primeira trilogia Halo. A empresa japonesa desembolsou US$ 3,6 bilhões na aquisição de modo a impulsionar os seus estúdios exclusivos (first party).

Agora, a Bungie se juntará ao PlayStation Studios. O estúdio americano fará parte do grupo de desenvolvedores como Naughty Dog (Uncharted, The Last of Us e Crash), Santa Monica (God of War), Guerrila Games (Franquia Horizion), Suckerpunch (Ghost of Tsushima), Insomniac Games (Marvel’s Spider-Man e Ratchet and Clank) e muitos outros. 

Desse modo, a aquisição da Bungie por parte da Sony, dará à empresa japonesa o domínio sobre um dos jogos de tiros mais populares da atualidade: Destiny 2.

Destiny 2

Isso poderá ser útil para competir com a franquia Call of Duty, da Activision Blizzard. Para quem não se lembra, há duas semanas, a Micrososft, principal rival da Sony, comprou a Activision Blizzard por US$ 68 bilhões. Entretanto, a Microsoft afirmou, na última semana, que os três próximos lançamentos de CoD chegarão aos consoles da Sony. 

Sendo assim, as motivações da Sony, ao comprar a Bungie envolvam as pretensões da empresa com o Spartacus, o codinome do possível serviço que irá rivalizar com o Game Pass.

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Isso porque a filosofia da Microsoft com o Xbox Game Pass, conforme a empresa, é de alcançar todos os gamers, algo que, com a aquisição da Bungie, também seria possível para a Sony devido ao número de jogadores de Destiny.

Aliás, a Sony garantiu que Destiny 2 e outros títulos da Bungie (que basicamente nem existem) não serão exclusivos para as plataformas do PlayStation.

A Sony comprou a Bungie pelo modelo de negócios utilizado em Destiny 2

O primeiro jogo da franquia Destiny foi lançado em 2017. O FPS, distribuído, curiosamente, pela Activision, arrancando elogios de toda a indústria pela sua gameplay, gráficos e, sobretudo, por manter a semelhança com os elementos basilares dos três primeiros jogos da franquia Halo.

Destiny foi um sucesso esmagador à época do seu lançamento. Créditos: Bungie

Em 2019, após romper com a Activision, a Bungie passa a ser a distribuidora de Destiny. No mesmo ano, em outubro, o estúdio/publisher lança o segundo título da franquia em outubro.

No entanto, esse lançamento, a Destiny 2, em vez de ser um jogo pago, utiliza o modelo GaaS (Game as Service – Jogos como Serviço). Ou seja, devido à sua monetização recorrente, o jogo é atualizado frequentemente, com cinco expansões lançadas até então.

Portanto, é aí que entra a aquisição da Bungie pela Sony. De acordo com a gigante japonesa, a compra “dará à Sony o acesso à abordagem e expertise topo de linha da Bungie em relação a jogos como serviço”.

Sobre a expertise da Bungie, afinal, a Sony informou que o estúdio continuará a operar de maneira independente. Ou seja, mantendo a sua liberdade de distribuir os jogos sem precisar de uma grande publisher, o que ocorre desde o rompimento com a Activision em 2018.

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Sony Bungie Destiny
Bungie e Sony comemorando aquisição. Pete Parsons, CEO da Bungie, no lado esquerdo com a mão na poltrona, próximo de Hermen Hulst e Jason Jones abraçados compartilhando uma cerveja. Hulst é o chefe do PlayStation Studios e Jones é um dos co-fundadores e Diretor de Criação da Bungie. Ao fundo, vemos um Jim Ryan sorrindo timidamente. Os outros dois homens presentes na reunião não foram identificados. Créditos: Twitter/Hermen Hurst.

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Além disso, a Sony afirma que a aquisição da Bungie irá ampliar a visão da empresa de “alcançar bilhões de jogadores”.

“Este é um passo importante na nossa estratégia para expandir o alcance do PlayStation a uma audiência maior. Nós [Sony] compreendemos o quão crucial é a comunidade da Bungie [Destiny 2] para o estúdio. Portanto, nossa intenção é ajudá-los a continuar independente e, ao mesmo tempo, fazer com que sua comunidade cresça.

Assim como a Bungie, nossa comunidade é o cerne do DNA do PlayStation e a nossa paixão é a mesma: desenvolver o melhor espaço para os gamers e para os jogos, que, agora, irá crescer ainda mais”, afirmou Jim Ryan, chefe da Sony Interactive Enterteniment.

Por fim, Pete Parsons, CEO da Bungie — que foi produtor executivo de Halo 2 —, aparentemente, concorda com a afirmação de Ryan. De acordo com Parsons, na Sony, a Bungie encontrou um parceiro que “apoia totalmente” o estúdio e visa acelerar a visão de criar experiências de entretenimento “significativas que durem gerações”.

De acordo com a Bungie, desde 2019, Destiny 2 atraiu mais de 20 milhões de jogadores ativos, o que seria um prato cheio para a Sony ao lançar o Spartacus, pois iria garantir uma base gigantesca de gamers já no lançamento da plataforma.

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