Meta reorganiza departamento de pesquisas após vazamento

Meta reorganiza departamento de pesquisas após vazamento

O Meta Plataforms, antigo Facebook, está reorganizando seu departamento interno de pesquisas, responsável pelo infame relatório sobre o efeito do Instagram em adolescentes.

Agora, a empresa está centralizando a unidade com funcionários de times ou subsidiárias, como o WhatsApp e o Instagram, para organizar as pesquisas internas de toda a companhia.

Desse modo, segundo Pratiti Raychoudhury, chefe de pesquisas do Meta, afirma que a reorganização estrutural irá afetar cerca de 50 pesquisadores. Raychoudhury irá liderar toda a equipe.

Segundo a executiva, o Meta não prevê nenhuma demissão de funcionários como resultado da reorganização da empresa.

As mudanças que virão com essa reestruturação envolverão o trabalho de análise dos pesquisadores sobre tópicos como política, bem-estar e saúde, clima, igualdade. O novo departamento também lidará com os tópicos relacionados à integridade da plataforma, como desinformação e privacidade dos usuários.

“Centralizar esse trabalho é a melhor forma de garantir que nossos times aprendam uns com os outros e implementem suas descobertas de pesquisa de maneira consistente através de todas as nossas plataformas”, afirmou Raychoudhury em um comunicado.

A executiva ainda salientou, em clara alusão à polêmica envolvendo o Instagram, que o Facebook (Meta) obteve a oportunidade de avaliar como o time de pesquisa trabalha.

“Acreditamos que essas ações irão permitir que possamos melhorar os nossos produtos e, portanto, servir melhor as pessoas que os utilizam”.

Reorganização do Meta é a primeira ação desde o vazamento das pesquisas

Meta pesquisas

Em setembro deste ano, o jornal Wall Street Journal publicou uma série de reportagens sobre os efeitos negativos do Instagram na saúde mental de adolescentes.

Essas reportagens foram produzidas através da obtenção de documentos internos, enviados por Frances Haugen, ex-gerente de produtos do então Facebook. A partir daí, os principais executivos da empresa foram convocados a depor no Senado dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, esses executivos defendiam a companhia contra as informações reveladas pela imprensa americana.

Além disso, o alto escalão da empresa anunciou que iria redirecionar o seu modelo de negócios às inovações de realidade virtual e aumentada. Em outubro, isso se concretizou, com a mudança do nome da empresa-mãe Facebook para Meta.

Junto ao rebranding, o próprio CEO da empresa, Mark Zuckerberg, anunciou a criação do metaverso e a expansão do investimento no Reality Labs, subsidiária que fabrica o Oculus, headset VR da empresa.

Por outro lado, as tentativas de mudar o foco dos problemas da empresa para as inovações tecnológicas não estão sendo muito eficazes. 

Afinal, o anúncio da reorganização da divisão de pesquisa da empresa foi feito ontem, ou seja, um dia antes do depoimento do chefe do Instagram, Adam Mosseri, que está previsto para ocorrer hoje (8), às 16:30 (horário de Brasília).

Leia mais: CEO do Instagram terá que explicar ao governo dos EUA os efeitos nocivos da rede social em jovens

Fonte: Bloomberg

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