Facebook deve mudar o nome da empresa, segundo rumor

O Facebook está em voga novamente nesta semana, mas em um assunto que envolve o nome da empresa, em vez de sua reputação, como ocorreu nas últimas semanas.

Ontem (19), uma matéria do site americano The Verge informou que, de acordo com uma fonte próxima do assunto, a empresa fundada por Mark Zuckerberg passará por um rebranding.

Rebranding é o termo em inglês para reformulação de marca, e o Facebook pretende alterar o nome da empresa para focar no seu novo projeto, o metaverse, anunciado recentemente pela empresa.

Por falar em anúncio, segundo o The Verge, o Facebook pretende revelar a mudança do nome da empresa em sua conferência anual. A Connect acontecerá na próxima quinta-feira (28), com apresentação do próprio Zuckerberg.

No entanto, o site afirma que a divulgação da mudança do nome do Facebook pode ocorrer antes mesmo do evento. Desse modo, fica nítida a pretensão da empresa em obter reconhecimento não apenas em mídias sociais e, sobretudo, pelos efeitos negativos causados por suas redes.

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Horizon

O rebranding, eventualmente, irá colocar os aplicativos do Facebook, WhatsApp, Instagram e Oculus sob o guarda-chuva de uma empresa-mãe. Essa holding, portanto, iria assumir a posição do Facebook.

O novo posicionamento do Facebook não é novidade na indústria tech. Em 2015, o Google reuniu todas as suas subsidiárias, incluindo o próprio buscador, em uma empresa majoritária chamada Alphabet.

A Alphabet foi criada com o fim de atestar que o Google não era mais apenas um mecanismo de busca. À época, o Google já era um conglomerado de empresas que atuavam nos mais diversos ramos.

Aliás, o possível novo nome do Facebook pode ter relação com o Horizon, a versão em realidade virtual do Facebook que a empresa desenvolve há alguns anos. Recentemente, o nome do aplicativo foi alterado para Horizon World, logo após a empresa ter divulgado uma versão demo chamada Horizon Workrooms.

Motivos pela mudança de nome do Facebook

Atualmente, ou melhor, nas últimas semanas, o Facebook está passando por um momento bem delicado de sua história. Talvez, até mesmo pior que a época da polêmica envolvendo as eleições do ex-presidente americano Donald Trump.

A polêmica atual envolve o vazamento de pesquisas internas do Facebook que revelaram que a empresa sabia dos efeitos negativos de suas redes sociais, especialmente o Instagram, na saúde mental de adolescentes.

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Além disso, a empresa também está sendo investigada pela prática de monopólio. Portanto, a mudança do nome do Facebook pode servir para desvincular o trabalho futurístico, almejado por Zuckerberg, do momento ruim que a empresa está vivendo.

Realidade alternativa e Metaverso

Mais de 10 mil pessoas trabalham no desenvolvimento dos óculos de realidade virtual do Facebook. Futuramente, de acordo com Zuckerberg, esses dispositivos serão tão presentes na vida do ser humano quanto os smartphones. 

“Nós [Facebook] iremos fazer uma transição da maneira como as pessoas veem nossa empresa, ou seja, uma rede social, para uma companhia de metaverso”, afirmou Zuckerberg em julho deste ano.

O Facebook demonstra um enorme interesse em se posicionar na vanguarda da próxima geração de tecnologia. Recentemente, a empresa anunciou que o chefe de RV e RA (Realidade Virtual e Realidade Aumentada), Andrew Bosworth, iria assumir o cargo de Diretor de Tecnologia do Facebook (CTO).

Além disso, há poucos dias, o Facebook divulgou seus planos de contratar mais 10 mil pessoas na Europa para desenvolver o metaverso.

De acordo com Zuckerberg, o metaverso será o principal foco da empresa.  Em sua concepção, o metaverso será “um protagonista no próximo capítulo da evolução da internet, bem como o próximo capítulo para evolução do Facebook”.