WhatsApp recebe multa de 225 milhões de euros por violação de privacidade

O aplicativo de mensagens mais popular do Brasil, o WhatsApp, acaba de receber uma multa gigantesca de 225 milhões de euros, ou aproximadamente 1,5 bilhão de reais.

As grandes empresas de tecnologia continuam a sofrer sanções judiciais, relacionadas à privacidade dos seus usuários, por parte de países membros da União Europeia.

Desta vez, a multa foi imposta pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC – Data Protection Comission), que anunciou hoje (02), em um relatório de 82 páginas, salientando que o WhatsApp não seguiu as diretrizes impostas pela União Europeia.

Anteriormente, em julho, a Amazon recebeu uma multa recorde da União Europeia de 746 milhões de euros por quebrar as normas do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia, o GDPR.

O recorde era do Twitter, que, em dezembro do ano passado, recebeu uma multa de 450 milhões de euros por não informar às autoridades europeias sobre o vazamento de dados que a plataforma sofreu.

No caso do WhatsApp, a sanção também ocorre devido à violação das normas do GDPR. Segundo a comissão, o aplicativo de mensagens instantâneas deixou de informar corretamente a forma como trata os dados pessoais dos cidadãos da União Europeia.

Após multa, WhatsApp terá que atualizar políticas de privacidade

Além disso, a DPC alega que o WhatsApp também ocultou informações sobre como compartilha os dados dos usuários com o Facebook, a empresa dona do aplicativo.

Desse modo, o WhatsApp terá que atualizar sua política de privacidade e alterar a maneira como notifica os usuários sobre o compartilhamento dos seus dados. Com essa mudança, o aplicativo estará de acordo com as normas do GDPR.

O WhatsApp se pronunciou acerca da decisão, afirmando, segundo o Financial Times, que havia seguido as regras de transparência impostas desde 2018.

“A multa é completamente desproporcional. Iremos entrar com um recurso contra essa decisão”, afirmou o WhatsApp.

A Amazon, à época da decisão que multou a gigante corporação, afirmou que entraria com recurso e alegou que a multa seria desproporcional.

O GDPR entrou em vigor em 2018, se tornando o principal ato legislativo relacionado ao uso de dados dos habitantes de países da União Europeia por parte das empresas de tecnologia.