Amazon terá que pagar multa de US$ 888 milhões por vazamento de dados

Amazon terá que pagar multa de US$ 888 milhões por vazamento de dados

Embora tenha quebrado mais um recorde de rendimentos no segundo trimestre deste ano, a Amazon passa por alguns problemas após receber uma multa de US$ 888 milhões da União Europeia. Apesar desse valor não fazer cócegas no bolso de Jeff Bezos, o processo que gerou a multa pode representar uma grande ameaça ao futuro da companhia.

A multa foi aplicada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados de Luxemburgo, a CNPD, que afirma que a Amazon violou a legislação do bloco de países europeus, indo contra Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, criado em 2016, mas que entrou em vigor somente em 2018.

Desse modo, desde 2018, o poder dos órgãos reguladores de proteção de dados aumentou significativamente, permitindo aplicar multas que contabilizem por até 4% do faturamento mundial anual de uma companhia.

Antes da multa de US$ 888 milhões que a Amazon recebeu da Amazon, a maior sanção financeira havia sido aplicada ao Google, de 50 milhões de euros.

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Investigação que resultou em multa à Amazon estava em andamento desde 2018

A decisão é o resultado de uma investigação iniciada em 2018 após a reclamação de um grupo ativista pelos direitos à privacidade online, o La Quadrature du Net, da França.

A Amazon afirmou que a decisão da União Europeia não tem méritos, alegando que não houve vazamento e portanto os dados dos seus clientes não foram expostos a terceiros.

“Esses fatos são indiscutíveis. Nós discordamos totalmente da decisão do CNPD”, disse a Amazon em um comunicado. Segundo a companhia, a coleta de dados tem o fim de aprimorar a experiência do cliente, mas possui diretrizes que determinam o que os funcionários da empresa podem fazer com esses dados.

Por outro lado, a decisão foi comemorada, embora com algum ceticismo, pelo grupo de ativistas que processou a Amazon.

“Este é o primeiro passo para vermos penas mais dissuasivas, mas devemos continuar vigilantes em relação à decisão para garantir que haja uma determinação judicial que corrija o comportamento infrator”, afirmou Bastien Le Querrec, membro do time jurídico do grupo La Quadrature.

Além disso, segundo Le Querrec, o grupo ainda não recebeu o texto completo da decisão judicial.

Fonte: Bloomberg

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