China determina que é ilegal qualquer transação com criptomoedas

China determina que é ilegal qualquer transação com criptomoedas

Se fosse por vontade da China, as criptomoedas estariam com os dias contados. O país, através do Banco Central da China, decidiu tornar ilegal toda e qualquer transição que utilize esse tipo de moeda digital, já tão popular em tantos outros lugares.

A medida chega como uma repressão sobre esse tipo de comércio. O comunicado feito pelo Banco Central da China afirmou ainda que ele “coloca em grave perigo os ativos das pessoas”.

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A luta contra as criptomoedas

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O anúncio não afetou apenas a China, pelo que relatou a agência Reuters. Segundo ela, o Bitcoin, a principal criptomoeda em transação atualmente, caiu quase 5% para US$42.874 depois do anúncio.

Além disso, essa decisão faz com que as bolsas estrangeiras sejam proibidas de oferecer qualquer tipo de serviço relacionado às criptomoedas para os investidores da China. Todas essas medidas do país asiático para trazer regulamentações como essa fez com que a cotação de várias outras moedas, não apenas a Bitcoin, tenham registrados muitas oscilações nos últimos meses.

Segundo eles, as medidas visam impedir especulações financeiras e também a lavagem de dinheiro usando as criptomoedas. Essa decisão não é nova, já que em maio deste ano, as autoridades chinesas já tinham lançado outras proibições, como a de bancos e firmas de pagamento de fornecerem serviços que sejam relacionados ao uso de moedas digitais.

Proibições na China com as criptomoedas

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O Banco Central da China anunciou as proibições e nova ilegalidade do processo, revelando ainda que aqueles que desobedecerem a nova norma serão investigados por responsabilidade penal. Isso tudo reforça ainda mais o quanto o país está atacando suas rivais digitais.

“O comércio e a especulação com bitcoin e outras moedas virtuais se estenderam, alterando a ordem econômica e financeira, aumentando a lavagem de dinheiro, a arrecadação de fundos ilegais, os esquemas de pirâmides e outras atividades criminosas e ilegais”.

Com a decisão, ficam proibidas todas e quaisquer atividades financeiras relacionadas com criptomoedas como o comércio delas, a venda de “tokens”, as transações envolvendo derivados da criptomoeda e, claro as “arrecadações de fundos ilegais”.

China vai lançar sua própria moeda digital

Um dos pontos principais dessas novas medidas é que as criptomoedas, incluindo a bitcoin que é a mais importante delas, não podem ser rastreadas por nenhuma autoridade de um país, nem mesmo pelo Banco Central, tornando sua regulamentação praticamente impossível.

Essas medidas de restrição adotadas pela China têm como objetivo evitar que os investimentos ilícitos aumentem, assim como a arrecadação de fundos de moedas digitais dentro do país, que sempre oferecer regras bem rígidas sobre a saída da capital.

Outro motivo importante é que a China já está no processo de introduzir no mercado sua própria moeda digital, o que torna a ofensiva contra as outras ainda mais intensa. A diferença, nesse caso, é que a moeda digital própria do país poderia ser controlada pelo governo central.

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Em junho, as autoridades chinesas já haviam reportado que mais de mil pessoas tinham sido detidas por estarem envolvidas com lucros de atividades criminosas no intuito de comprar criptomoedas. E desde o começo do ano, diversas províncias da China já estavam proibidas de realizar operações com moedas digitais.

Outros locais parecem andar em direção contrária, como é o caso de El Salvador. Desde o dia 7 de setembro, o país instaurou a bitcoin como moeda de curso legal, assim como o dólar. Depois disso, o sistema Chivo, que permite esse tipo de transações, se tornou bastante popular no país, com mais de 1,1 milhões de salvadorenhos usando-o em apenas 10 dias depois da legalização.

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