Mais de 170 apps para Android aplicavam golpes em mineradores de bitcoin, afirmam pesquisadores

Mais de 170 apps para Android aplicavam golpes em mineradores de bitcoin, afirmam pesquisadores

Mais de 170 aplicativos disponíveis da Google Play Store do Android estavam aplicando golpes em mineradores de bitcoin. O fato foi descoberto por pesquisadores de segurança digital e os aplicativos já foram removidos da loja. Pelas pesquisas realizadas, o que estima-se é que cerca de 93 mil pessoas tenham sido vítimas dos golpes, e com isso os criminosos tenham faturado cerca de US$ 350 mil.

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A empresa de segurança em nuvem chamada Lookout Threat Lab enviou um relatório confirmando que os golpes aconteciam de duas formas, o BitScam e o CloudScam. Os pesquisadores explicaram que o motivo disso ter acontecido por muito tempo e com muitas pessoas é que os aplicativos não faziam nada de malicioso. Eles eram simplesmente fachadas para que os criminosos pudessem coletar dinheiro por um serviço que não existe.

bitcoin

Esses serviços eram ligados à mineração de criptomoedas, ou melhor, deveriam ser. Ele acontece quando o aplicativo oferece o poder de processamento da sua máquina para minerar, ou seja, resolver problemas matemáticos que são mais complexos e com isso registrando transações de moedas digitais na rede blockchain.

Geralmente é algo bastante concorrido, então muitos mineradores acabam se unindo nos chamados “pools” de mineração. Eles fazem a mineração de forma coletiva, com várias pessoas contribuindo, e então dividem os lucros.

Golpe com aplicativos falsos de mineração

Esses aplicativos basicamente ofereciam o aluguel ou até mesmo compra de um hardware virtual para que os usuários pudessem realizar a mineração, entrando para pools. Com isso, mesmo quem não tinha uma máquina com bom processamento poderia participar da mineração. O problema é que os aplicativos eram, em sua maioria, pagos, e por isso já coletavam dinheiro das vítimas.

aplicativos falsos

A fraude do tipo CloudScam acontece quando o aplicativo oferece um aluguel do hardware virtual através de serviços de assinaturas. Eles mostravam inclusive algumas informações como taxa de hash e saldo em criptomoeda que o usuário teria, mas eram todas falsas.

Já com o BitScam os usuários tinham a opção de uma cota fixa que dependia do poder de processamento escolhido. Nesse tipo também havia a possibilidade de adquirir assinaturas para aumentar a eficiência da mineração. Também apresentava informações falsas para as vítimas.

Como nessas informações sempre apareciam o valor das criptomoedas que estariam sendo ganhas com o processo, na maioria dos casos as vítimas demoraram para descobrir o golpe. Isso porque eles precisavam esperar chegar até um valor mínimo para realizar o saque da quantia. Vale ressaltar que os aplicativos já foram retirados da Google Play Store, mas ainda assim é preciso ficar de olho porque podem existir outros aplicando o mesmo tipo de golpe.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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