Dell: escassez mundial de chips ainda vai durar alguns anos

O fundador e presidente executivo da Dell (Michael Dell) disse em entrevista a um jornal alemão que a “crise dos chips” que a indústria vive atualmente ainda deve perdurar por mais alguns anos.

Não é segredo para ninguém que a falta de semicondutores no mundo todo é um desafio para todas as empresas de tecnologia e que está afetando a produção mundial. De carros a smartphones. A japonesa Sony, por exemplo, disse que não deve conseguir normalizar os estoques de PS5 até 2022. Ou seja, mais um reflexo da “crise dos chips”.

A escassez de chips e semicondutores foi agravada não só por causa da pandemia de COVID-19, que assola o mundo inteiro. Mas também por causa das sanções que o governo dos Estados Unidos impôs contra empresas de tecnologia chinesas. Com isso, a produção de carros, computadores e smartphones, por exemplo, foi muito prejudicada.

Ao ser indagado sobre a construção de novas fábricas de chips e semicondutores, Michael Dell rebateu que a produção não se normaliza do dia para a noite. A construção de uma fábrica de microprocessadores leva tempo e exige maquinário de alta tecnologia, além de profissionais qualificados. Ainda demorará alguns anos para tudo voltar ao normal. A TSMC, por exemplo, que é a maior fabricante de semicondutores do mundo, investirá US$ 100 bilhões nos próximos 3 anos para acompanhar a demanda.

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Michael Dell também explicou que a principal dificuldade está em achar os semicondutores mais antigos e baratos. Ele disse:

“Estamos falando, em particular, sobre componentes que estão na faixa de um dólar e são usados ​​em praticamente todos os lugares. Mas mesmo as tecnologias mais recentes não são fáceis de encontrar”, disse o CEO da Dell.

E ele sabe bem do que está falando, já que a Dell é responsável por um faturamento de cerca de US$ 70 bilhões por ano. Ela é uma das maiores clientes de inúmeros fabricantes de semicondutores no mundo todo. Até quando você acha que essa crise dos semicondutores vai durar?

Fonte: Reuters