A próxima geração do Xbox e o PlayStation 6 serão mais caras de produzir

A próxima geração do Xbox e o PlayStation 6 serão mais caras de produzir

A próxima geração de consoles, só para variar um pouco, chegará mais cara do que a anterior. Mas dessa vez não é por mera ganância das empresas, mas sim por que o custo de fabricação provavelmente aumentará.

De acordo com informações divulgadas por Kepler (@Kepler_L2 no X/Twitter), um conhecido leaker com fontes dentro da AMD, a produção dos futuros PlayStation 6 e Xbox exigirá um investimento maior devido à necessidade de componentes mais avançados para atingir um aumento significativo no desempenho.

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Essa elevação nos custos é atribuída à substituição da tecnologia de fabricação de transistores FinFET, a qual é mais econômica, pela tecnologia GAAFET, que implica em custos mais altos.

Custos de produção em ascensão

processador

Esse aumento nos custos de fabricação é resultado direto da adoção de transistores Gate-All-Around nas novas arquiteturas, tornando o processo de miniaturização dos componentes mais custoso. Essa mudança deve afetar não apenas o setor de consoles, mas todo o mercado de semicondutores, à medida que avança a transição para essas novas tecnologias.

A observação de Kepler é uma resposta aos dados já confirmados pelo último relatório financeiro da divisão de jogos da Sony, que indicam a crescente complexidade e custo dos hardwares. Isso torna cada vez mais desafiador manter a lucratividade com a venda de consoles a cada nova geração.

Para ilustrar a evolução dos custos de produção, pode-se comparar o processador usado no PlayStation 3 e no PlayStation 4. O PS3, lançado em 2006, era equipado com um processador RISC baseado no chip PowerPC 2.02 da IBM de 1996. Ou seja, o videogame vinha com um chip com mais de 10 anos de mercado!

Já o PlayStation 4, que estreou em 2013, vinha equipado com uma APU AMD Jaguar, desenvolvida em 2010 e produzida com tecnologia de 28 nm pela TSMC. Ou seja, o chip do PS4 não era tão antigo quanto o do PS3. A APU Jaguar foi a última antes do advento dos primeiros nós FinFET de 16 nm em 2013.

FinFET já chegou no seu limite

A adoção do FinFET foi um grande avanço para a indústria de semicondutores. Esta tecnologia de fabricação representou quase uma década de avanços na miniaturização de transistores para a indústria de semicondutores. Só para você ter uma ideia, o processo N3, responsável pela fabricação de chips de 3 nm e inaugurado em 2022, ainda baseado nessa tecnologia FinFET.

Apesar das melhorias no PlayStation 5, como suporte a Ray Tracing e outros avanços próximos aos PCs para jogos, o custo de fabricação dos processadores permaneceu relativamente acessível e estável.

No entanto, a eficiência na utilização de wafers de silício diminui com cada nova arquitetura, tornando-se necessário adotar a tecnologia GAAFET ou similar para prosseguir com o desenvolvimento.

Assim, as futuras gerações de consoles enfrentam o dilema de continuar com as tecnologias atuais para manter os custos estáveis, mas não entregar melhorias significativas na próxima geração de consoles. Ou, então, encarecer os custos de produção adotando tecnologias novas e aumentar o desempenho, performance e adoção de novos recursos na próxima geração de consoles.

Se você tivesse o poder de decisão, o que escolheria?

Fonte: Kepler (Twitter)

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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