Vendas de computadores crescem apesar da escassez de chips

Vendas de computadores crescem apesar da escassez de chips

Em meio a escassez de chips, a demanda por computadores cresceu em 55% nos dois primeiros meses de 2021, de acordo com uma pesquisa da IDC.

A pesquisa, divulgada na última sexta-feira (9), informa que as vendas de computadores podem continuar crescendo nos próximos anos, apesar do fechamento de fábricas devido à pandemia e à crise global de chips e semicondutores.

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A Lenovo foi a empresa que mais vendeu computadores nos dois primeiros meses deste ano. Créditos: IDC

Os números mostram que a queda de 8% em relação ao último bimestre de 2020 foi a menor já vista desde 2012. No primeiro bimestre deste ano, foram vendidas 84 milhões de unidades de computadores.

A pesquisa atribui o alto número de vendas do primeiro bimestre às demandas não atingidas no final de 2020 que ocorreram neste ano. No entanto, Jitesh Ubrani, diretor de pesquisas da IDC, afirma que o mercado “continua se esforçando para lidar com a escassez de chips e os problemas de logística, que contribuíram diretamente para o aumento nos preços dos computadores”.

Ryan Reith, analista da empresa, afirma que a escassez de semicondutores prolonga ainda mais a capacidade de as lojas de reporem o estoque e atenderem às demandas dos consumidores.

Ele ainda aponta que a alta demanda é fruto da necessidade por computadores em todas as áreas devido ao período de quarentena e isolamento social. Além disso, segundo Reith, os analistas não esperavam que a demanda continuasse alta após muitos países retornarem às suas atividades normais.

No entanto, a crise global de chips pode limitar esse crescimento, segundo outra firma de pesquisa, a Canalys, que afirma que a alta demanda pode ser “uma oportunidade de curto prazo”.

No mês passado, a Canalys afirmou que o mercado de computadores não deverá crescer nos próximos anos, pois componentes importantes como displays, GPUs e outros pequenos chips, que alimentam o funcionamento interno dos computadores, deverão ainda mais raros no decorrer deste ano e em 2022.

Pesquisa da Canalys feita em fevereiro deste ano. Créditos: Canalys

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