Intel diz que sua litografia de 10nm equivale a de 7nm da TSMC

Intel diz que sua litografia de 10nm equivale a de 7nm da TSMC

A Intel está sendo bastante pressionada há alguns anos para a transição do processo de fabricação de 14nm para 10nm. Após vários adiamentos, a companhia finalmente já tem produtos baseados nessa litografia, porém apenas processadores para dispositivos móveis. Os processadores para desktop produzido em 10nm devem chegar apenas em 2020. 

A gigante de Santa Clara sempre fez questão de dizer que a troca de uma litografia não é o suficiente. Em 2017 a Intel já falava sobre isso. Nem todos os processos de 10nm são iguais, já que, na visão da companhia, além de reduzir a litografia também é necessário dobrar a quantidade de transistores. Esse discurso de que há diferenças consideráveis em diferentes processos de fabricação foi defendido novamente pela Intel, numa entrevista recente do seu CEO, Bob Swan, durante uma entrevista.

Bob Swan

O executivo disse que o processo de 10nm da Intel é equivalente ao de 7nm da TSMC. Lembrando que a litografia de 7nm da TSMC é utilizada pela sua concorrente direta, a AMD. A microarquitetura Zen 2, presente nos processadores Ryzen 3000, é baseada em 7nm. O primeiro produto baseado em 7nm da Intel não será um processador, e sim uma placa de vídeo. Nesta entrevista foi confirmado que o objetivo é que no final de 2021 seja lançada uma placa de vídeo com esse processo de fabricação.

Está lembrado da tal Lei de Moore, que há muito tempo deixou de fazer sentido nos produtos lançados pela Intel? Bom, de acordo com Swan, a companhia está acelerando o ritmo para dominar novos processos tecnológicos, e em breve a Intel retornará ao cronograma da famosa Lei, apesentar um novo processo tecnológico a cada 2 / 2,5 anos.

O CEO também admitiu que a  Intel aprendeu muito com a difícil mudança para 10 nm e que reduzir o processo de produção tem sido um grande desafio nos últimos anos. 

Mesmo com tantos problemas de transição e de uma imagem comprometida nos últimos 12 meses pelos escândalos das falhas de segurança em seus processadores, a Intel se mantém forte. Os números mostram isso. No último trimestre a companhia alcançou um faturamento de US$ 19,2 bilhões, mantendo o mesmo resultado deste mesmo trimestre no ano anterior, por outro lado, o lucro líquido caiu, fechando em US$ 6 bilhões (queda de US$ 400 milhões).

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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