Fim da novela: EUA suspende veto a Huawei

A edição deste ano do G20, que está sendo realizada em Osaka, no Japão, serviu para amenizar a tensão comercial entre Estados Unidos e China, tendo como um dos principais pontos a suspensão do veto a Huawei. Com este anúncio, a terceira maior fabricante de smartphones no mundo terá permissão para fazer negócios com empresas norte-americanas.

O presidente americano Donald Trump se reuniu com chefe de estado chinês  Xi Jinping, neste sábado (29), e acertaram o acordo. Trump declarou: “Nós enviamos e vendemos para a Huawei um grande número de produtos que acabam fazendo parte de muitas das coisas que a [Huawei] fabrica, e eu disse que está tudo bem, vamos continuar vendendo esses produtos”. Jimping afirmou que “a cooperação e o diálogo são melhores que o atrito e o confronto” e que ele quer continuar mantendo contatos frequentes com Trump para promover “relações bilaterais estáveis”.

Evidentemente que Trump manterá uma relação cautelosa com a Huawei. O presidente americano sempre se posicionou contrário a companhia, alegando que ela representa uma ameaça para a segurança global. No entanto, a pressão de grandes empresas americanas, como a Apple e Microsoft, acabou sendo determinantes para que a guerra comercial ganhasse um contorno mais diplomático.

O acordo é altamente positivo para a Huawei. A companhia poderá, por exemplo, retomar sua licença ARM, o que significa que ela poderá continuar projetando seus processadores baseados nessa arquitetura. Além, é claro, de reaver sua aliança com o Google, o aval para continuar sendo uma empresa bem aceita na política de lançamentos do Android e seus pacotes de serviços e atualizações.

Vale pontuar que o Google também se beneficia com essa decisão do governo. Recentemente o CEO da Huawei, Ren Zhengfei, afirmou que caso o veto fosse mantido, o Google poderia perder cerca de 800 milhões de usuários do Android, o que causaria um tremendo impacto para a gigante norte-americana. Também ficou acordado que não serão impostas tarifas de 25% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses.

A pergunta que fica agora é: a Huawei irá ou não lançar o seu próprio sistema operacional após essa retomada de relação com os EUA? Em meio ao turbilhão sobre o veto nas negociações com empresas norte-americanas, começaram a surgir muitas informações sobre o tal sistema operacional que a gigante chinesa lançaria para equipar os seus smartphones. Comentou-se até que o SO estaria sendo testado em mais de 1 milhão de aparelhos e que ele seria 60% mais rápido que o Android!