Multa aos principais fabricantes de DRAM por manipulação de preços pode chegar a US $ 8 bilhões na China

Multa aos principais fabricantes de DRAM por manipulação de preços pode chegar a US $ 8 bilhões na China

A escassez de chips NAND não foi o principal fator pelo crescente aumento do preço das memórias, a realidade é que muitos defendem que há uma mutreta entre as principais fabricantes de DRAM, Samsung Electronics, SK Hynix e Micron. Um dos mercados mais interessados em toda essa história é a China que está tentando tornar o mercado de DRAM mais igualitário para frear o aumento de preços.

Segundo fontes do Digitimes esse conluio das principais fabricantes de DRAM resultará numa multa que pode variar de US$ 800 milhões a US$ 8 bilhões, que deve ser aplicada Gabinete Antimonopólio do Ministério do Comércio da República Popular da China. 

A partir de 2016-2017, os preços globais de memória DRAM aumentaram continuamente, tanto para o mercado de PCs quanto para o mercado de smartphones. Este fenômeno chamou a atenção do Gabinete AntiMonopólio do Ministério do Comércio da República Popular da China que iniciou a investigação.

Esse problema afeta diversos setores, no quarto trimestre de 2017 o preço das memórias para placas de vídeo, que também dependem desses fabricantes, teve um aumento de 15%.

A China representa o maior a maior remessa de DRAM e NAND no mundo, 20% e 25%, respectivamente. Em 2017 o país asiático importou US$ 88,92 bilhões em chips de memória em 2017, um aumento de quase 40%.

As autoridades chinesas já haviam se reunido com representantes da Samsung, Microson e SK Hynix, para compreender a alta dos preços. Mesmo com esse encontro, houve novamente um aumento de preços no início do ano. 

Samsung, SK Hynix e Micron representam esmagadores 96% do mercado de DRAM. Caso se confirme a multa será a segunda vez que essas empresas recebem uma punição de grande valor pelo mesmo motivo.

Em 2010 a Comissão Europeia aplicou uma multa 331 milhões de euros devido a um cartel entre 10 fabricantes de DRAM (Micron, a Samsung, a Hynix, a Infineon, a NEC, a Hitachi, a Mitsubishi, a Toshiba, a Elpida e a Nanya). A única que não recebeu a multa foi a Micron, que confirmou a existência do Cartel à Comissão.

O cartel operou de 1 de Julho de 1998 e 15 de Junho de 2002. Envolvia uma rede de contatos e partilha de informações secretas, principalmente numa base bilateral, através da qual coordenavam os níveis de preços e cotações das DRAM. 


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