Acer: A febre dos tablets já está passando

Acer: A febre dos tablets já está passando

Os analistas e videntes em relação aos tablets podem ser divididas em dois grupos: os que acreditam que os tablets são o futuro e as vendas continuarão a crescer até que eles substituam completamente os PCs e notebooks e os que acreditam que os tablets são uma febre passageira, que perderá força com o passar do tempo, assim como aconteceu no caso dos netbooks.

Embora a Acer também tenha entrado no mercado dos tablets, a Acer acredita no segundo grupo, com o presidente, JY Wang afirmando aos quatro ventos que a frebre dos tablets já está começando a passar e os consumidores estão voltando a se interessar pelos notebooks. Dois fatores apontados por ele é a chegada ao mercado dos Ultrabooks, que adotam um formato mais fino e bem acabado, similar ao Mac Air e à chegada do Windows 8, que deve acelerar as vendas.

Naturalmente, o Windows 8 será uma faca de dois gumes, já que ao mesmo tempo em que fará com que muitos usuários atualizem seus PCs, o fato de também ser compatível com processadores ARM fará com que ele seja também usado para impulsionar os tablets e outros dispositivos.

O “sucesso” de vendas do HP Touchpad, que vendeu mais de meio milhão de unidades em praticamente dois dias depois que a HP decidiu torrá-los por US$ 99 e US$ 149, bem como a grande popularidade dos tablets chineses de 100 dólares mostram que existe sim uma grande demanda por tablets, mas que (pelo menos fora da linha de produtos da Apple) as pessoas não estão muito interessadas em pagar caro por um. Entretanto, basta oferecer produtos a um preço baixo o suficiente (especialmente quando abaixo dos 100 dólares) e os compradores aparecem aos montes.

Para mim, isso transmite uma mensagem clara: Existe uma grande demanda por tablets como dispositivos secundários. A maioria dos usuários já tem um PC e/ou notebook, bem como um smartphone e vê o tablet como um possível dispositivo complementar, para ler e-books, jogar, checar e-mails e realizar outras tarefas leves. Ele não substituiu nenhum dos aparelhos que o usuário já tem, logo, ele não vai querer pagar caro por ele.

O iPad é e continuará sendo a única possível excessão a esta regra, mas ele é um caso especial, fruto da descomunal máquina de marketing da Apple, que no embalo atual conseguiria vender até blocos de “iGelo” para os esquimós. Resta aos fabricantes se adaptarem a esta realidade, encontrando formas de oferecer aparelhos acessíveis com configurações aceitáveis.

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