Após a prisão do CEO do Telegram, Pavel Durov, no último sábado (24), o número de downloads do aplicativo disparou. Segundo o TechCrunch, o app viu um aumento significativo de downloads na App Store em vários mercados, incluindo a França, onde Durov foi detido.
Leia também
Telegram afirma que Pavel Durov não tem nada a esconder e classifica prisão do CEO como absurdo
‘Tempos perigosos’, afirma Elon Musk ao comentar prisão de Pavel Durov, fundador do Telegram
Dados da Appfigures mostram que na segunda-feira (27) pela manhã, o Telegram alcançou o 2º lugar entre os apps de redes sociais mais baixados na App Store dos EUA. No ranking geral dos EUA, subiu da 18ª para a 8ª posição, a maior desde janeiro do ano passado.
Na França, onde Durov foi preso após chegar com seu jato particular, o Telegram ficou em 1º lugar entre os apps de redes sociais na Apple Store. A SensorTower reportou um aumento de 4% nos downloads diários do Telegram globalmente desde domingo.
Ainda não há dados sobre os downloads do Telegram no Android ou no Brasil, mas as estatísticas iniciais sugerem que o episódio chamou atenção para a plataforma. Figuras como Elon Musk e Edward Snowden manifestaram apoio a Durov. O Telegram já conta com 950 milhões de usuários pelo mundo.
Qual o motivo da prisão de Pavel Durov?
Pavel Durov foi preso preventivamente ao chegar na França no fim de semana. A OFMIN (Agência Francesa para a Prevenção da Violência Contra Menores) havia emitido um mandado de prisão contra ele, que foi detido ao entrar no país.
Segundo a mídia francesa, a prisão está relacionada a uma investigação sobre atividades ilícitas no Telegram, como cyberbullying e tráfico de drogas, além da falta de moderação e cooperação com autoridades.
Durov está sob custódia e pode permanecer assim até quarta-feira. Depois disso, o Ministério Público francês decidirá se o solta ou emite uma condenação oficial.
Conhecido por defender a liberdade pessoal e ter uma abordagem pouco restritiva no comando do Telegram, Durov viu o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmar que sua detenção não teve motivação política, mas sim por uma “investigação em andamento”.